Petrobras (PETR4) vai evitar reajustes na gasolina e no diesel nos próximos dias, diz Itaú BBA

Segundo o banco, a petrolífera historicamente leva mais tempo para ajustar os preços dos combustíveis para cima do que para baixo

Foto: Shutterstock/Leonidas Santana

Mesmo com o aumento nos preços do petróleo e no valor da gasolina nos postos de combustíveis no Brasil, é provável que a Petrobras (PETR4) continue sem elevar preços nos próximos dias. Essa é a avaliação do Itaú BBA, em relatório enviado ao mercado nesta terça-feira (18).

O banco ressalta que, segundo dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), os preços da gasolina e do diesel vendidos no Brasil estão abaixo do valor praticado no mercado internacional há dez dias. Além disso, a disparidade entre os preços domésticos e externos aumentou na última semana.

Em tese, a Petrobras deveria reagir a isso elevando os preços da gasolina e do diesel, dado que a política da empresa é manter a paridade com o mercado internacional.

O Itaú BBA, no entanto, diz que a empresa já disse usar uma metodologia distinta para fazer essa conta. Além disso, historicamente, diz o banco.

“A petrolífera historicamente leva mais tempo para ajustar os preços dos combustíveis para cima do que para baixo. Não esperamos que a empresa aumente a gasolina ou o diesel preços nos próximos dias”, afirmam os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello, do Itaú BBA, em relatório.

A última edição do levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), divulgada na segunda-feira (17), indicou que o consumidor brasileiro pagou em média R$ 4,86 por litro na semana de 9 a 15 de outubro.

O aumento visto pela ANP foi o primeiro após 15 semanas de quedas sucessivas, e ocorre após nova alta da gasolina na Refinaria de Maritape, a maior do país sob controle do setor privado. A Acelen, empresa responsável pela sua operação, anunciou no sábado (15) um reajuste de 2%. Ela já havia corrigido os valores 7 dias antes em 9,7%.

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Os anúncios da Acelen seguem a tendência das variações no mercado internacional. A cotação do barril de petróleo tipo Brent, que registrou uma forte queda em setembro, chegando a custar US$ 82, voltou a subir acima dos US$ 90 neste mês. A alta foi influenciada pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de efetuar um profundo corte na produção.

Somado a isso, segundo cálculo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o valor médio da gasolina nas refinarias do país está defasado em R$ 0,30 por litro, ou 8%. A entidade monitora quase diariamente as variações levando em conta o PPI.

A Petrobras, no entanto, não anuncia mudanças nos preços praticados em suas refinarias há mais de 1 mês. A última alteração foi uma redução de 7% anunciada no início de setembro.

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