Payroll nos EUA e repercussão de balanços – veja o que importa hoje

Investidores ainda acompanham os dados da Anfavea de produção de veículos em julho

Foto: Shutterstock

A semana chega ao fim com os investidores de olho nos dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos em julho, que serão divulgados logo mais, às 9h30, pela secretaria de estatísticas trabalhistas americana, a BLS.

O payroll mostrará a criação de vagas, o ganho médio por hora e a taxa de desemprego da maior economia do mundo no mês passado, cenário que poderá dar mais pistas ao mercado dos próximos passos de juros do Federal Reserve, o banco central dos EUA.

A expectativa do mercado é de criação de 250 mil postos de trabalho no período, uma desaceleração em relação a junho. Se o número vier muito forte, podem crescer as apostas em outro aumento de 0,75 ponto na taxa básica do país no próximo encontro, no final de setembro – atualmente, a maior parte dos analistas espera uma redução de ritmo, para 0,50 ponto.

Por volta das 7h50, os índices futuros americanos operavam próximos da estabilidade: o Dow Jones tinha alta de 0,08%, o S&P 500 caía 0,04% e o Nasdaq recuava 0,16%. No mesmo horário, o principal índice europeu, o EuroStoxx 50, perdia 0,37%.

Por que isso importa? 

Como o Fed tem duplo mandato (combater a inflação e promover o pleno emprego), os dados do payroll são acompanhados com atenção redobrada pelos investidores. Um mercado de trabalho muito ou pouco aquecido pode indicar mais ou menos pressões sobre a inflação, o que pode sinalizar um banco central mais ou menos agressivo com os juros.

Anfavea e repercussão de balanços

Por aqui, às 10h, o mercado acompanha a divulgação dos dados de produção, licenciamentos e exportações de veículos em julho, que serão informados pela Anfavea (associação das montadoras) e que podem ajudar a sinalizar o ritmo da economia brasileira no início do segundo semestre.

Os investidores ainda repercutem o resultado do segundo trimestre do Bradesco (BBDC4), que na noite de ontem anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 7 bilhões para o período, alta de 11,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O montante, impulsionado por aumento de margem com clientes, ficou bem acima das previsões de BTG Pactual (R$ 6,7 bilhões), Goldman Sachs (R$ 6,6 bilhões), Bank of America (R$ 6,5 bilhões), XP Investimentos (R$ 5,7 bilhões) e Itaú BBA (R$ 6,7 bilhões).

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Outro resultado que veio acima das expectativas do mercado foi a Lojas Renner (LREN3), cujo lucro líquido avançou 87% na comparação anual, para R$ 360 milhões, superando o patamar pré-pandemia em 56%.

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