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Payroll, imposto de bancos e o que mais você precisa saber para investir bem hoje

Investidores ainda acompanham dados do IBGE para a produção industrial e greve dos servidores

Gabriel Tomé

Gabriel Tomé

Foto: Shutterstock

Abril começa agitado, com o mercado de olho em dados do mercado de trabalho americano, no desempenho da indústria brasileiro em fevereiro, na possibilidade de o governo elevar impostos cobrados dos bancos e na greve dos servidores do Banco Central, que começa nesta sexta (1º).

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Nos EUA, às 9h30, os Estados Unidos informam o payroll de fevereiro, com informações sobre o mercado de trabalho americano. A expectativa de analistas ouvidos pela Reuters é de criação de 490 mil vagas, o que levaria a uma queda na taxa de desemprego na maior economia do mundo, de 3,8% para 3,7%.

Um relatório forte pode reforçar a chance de o Federal Reserve (o banco central dos EUA, que mira a inflação e também o pleno emprego) acelerar a alta de juros na próxima reunião de política monetária, em maio.

Na última reunião, a taxa básica foi elevada em 0,25 ponto, para o intervalo entre o,25% e 0,50%, mas crescem as apostas de o Fed adotar um ritmo mais intenso, de 0,50 ponto, daqui para a frente.

Os principais mercados internacionais operam em alta na manhã desta sexta. Por volta das 7h50, o índice Euro Stoxx 50 registrava alta de 0,60%. Os contratos futuros americanos também operavam com ganhos: o Dow Jones subia 0,47%, o S&P 500 registrava alta de 0,48% e o Nasdaq tinha avanço de 0,54%.

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Alta de impostos para bancos?

Os investidores também estão de olho na chance de o governo anunciar um aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) dos bancos, atualmente em 20%.

De acordo com a Folha de S. Paulo, o governo Jair Bolsonaro deve elevar o tributo para um patamar entre 21% e 23% como forma de compensar a renúncia de receitas do programa de renegociação de dívidas de MEIs (microempreendedores individuais) e pequenas empresas do Simples Nacional.

Se esse cenário se confirmar, as ações dos principais bancos devem se manter sob pressão –ontem, os papeis de Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil caíram.

Produção industrial e greve

Os investidores ainda acompanham os dados da produção industrial de fevereiro, que serão divulgados às 9h pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A expectativa de analistas ouvidos pela Reuters é de alta de 0,3% no mês.

Em meio à disparada da inflação, aumento de juros no Brasil e guerra entre Ucrânia e Rússia, a indústria está cada vez menos confiante nos rumos dos negócios.

O mercado acompanha ainda o primeiro dia da greve por tempo indeterminado dos servidores do Banco Central por reajuste salarial, que começa hoje.

De acordo com o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), a expectativa é de adesão de entre 60% a 70% dos servidores, o que poderia afetar o funcionamento do Pix e outros serviços. O Banco Central afirma que tem um plano de contingência para lidar com a paralisação.

 

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