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Natura (NTCO3) começa dança das cadeiras com saída de CEO e presidente do conselho

O atual CEO do grupo e presidente-executivo da empresa, Roberto Marques, deixará as funções, com a intenção de se aposentar no final de 2022

Natura: Divulgação

A Natura anunciou nesta quarta-feira (15) que o atual CEO do grupo e presidente-executivo da empresa, Roberto Marques, deixará as funções, com a intenção de se aposentar no final de 2022. Ele, no entanto, permanecerá como conselheiro para auxiliar o processo de transição.

A dança das cadeiras é geral – a companhia disse que “funções importantes no grupo, como líder de crescimento sustentável e líder de transformação, deixarão de existir ou serão reavaliadas na nova estrutura”.

O atual presidente do comitê de pessoas, Fábio Barbosa, assumirá o posto de líder do grupo Natura. “Após um período de aquisições transformadoras, a complexa integração de seus negócios e processos e a criação de uma visão comum de sustentabilidade, é hora de evoluir”, cita a companhia no anúncio.

Antes disso, na semana passada, a então diretora de marketing da Natura Cosméticos, Andréa Álvares, renunciou ao cargo após as polêmicas relacionadas aos vazamentos do balanço do primeiro trimestre.

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Primeiro trimestre conturbado

No primeiro trimestre de 2022, a Natura viu seu prejuízo mais que quadruplicar em relação ao mesmo período em 2021. Segundo o balanço divulgado no dia 5 de maio, o prejuízo líquido somou R$ 643,1 milhões no período, valor 314% maior que a perda de R$ 155,2 milhões registradas nos três primeiros meses do ano passado.

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Porém, dias antes da divulgação, as ações da empresa derreteram 15,58%, em meio a rumores de um suposto vazamento dos resultados do primeiro trimestre. Na ocasião, a empresa soltou uma prévia operacional com resultados ruins, em linha com o que foi apresentado no balanço.

Para além da queda no lucro, a receita líquida atingiu R$ 8,25 bilhões de janeiro a março de 2022, uma queda de 12,7% ante os R$ 9,45 bilhões de igual período anterior. Segundo a Natura, um ambiente global desafiador e uma forte base de comparação – o primeiro trimestre de 2021 -, fizeram os indicadores recuarem.

O Ebitda (o lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização) somou R$ 515,7 milhões, o que representou um recuo de 37,8% na mesma base comparativa. A margem Ebitda, por sua vez, foi de 7,2%, uma queda de 300 pontos-base em relação aos 10,2% registrados no primeiro trimestre de 2021.

A empresa atribuiu a queda do Ebitda a pressões de custo, inflação e desalavancagem de vendas da Avon na América Latina e na The Body Shop. “ A Avon foi impactada pela sua transformação ainda em andamento, incluindo a otimização intencional do portfólio, principalmente em Moda & Casa”, comentou a empresa.

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