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Marfrig (MRGF3) sela paz com Previ e troca indicado ao conselho da BRF (BRFS3)

Aldo Luiz mendes, ex-Vice Presidente de Finanças do Banco do Brasil e ex-Diretor do Banco Central será a indicação da Previ

Foto: Shutterstock

A disputa por influência naquele que deve ser o novo conselho da BRF (BRFS3) ganhou um novo capítulo no fim de semana, selando a paz entre a Marfrig (MRFG3) e a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

A Marfrig, que é a maior acionista da BRF, com uma participação de 33,3%, propôs uma chapa com dez nomes para o conselho de administração da companhia. A Previ, que é a segunda maior acionista, com 6,13%, porém, pretendia colocar pelo menos um nome de sua confiança no colegiado.

Informações divulgadas na imprensa apontam que a Previ tentou negociar com a Marfrig sobre isso, mas que as conversas fracassaram e levaram o fundo de pensão a pedir que a eleição do conselho acontecesse por meio de voto múltiplo.

No voto múltiplo, o número de votos atribuído a cada ação é igual ao número de cargos envolvidos na eleição, diferentemente do sistema tradicional, em que uma ação equivale a um voto. Como na eleição do conselho da BRF há 10 posições a serem preenchidas, cada ação seria equivalente a 10 votos.

Além disso, sob o sistema do voto múltiplo, o acionista pode distribuir estes votos da forma que achar melhor. Na prática, isso significa que um acionista minoritário pode abdicar de votar em vários candidatos ao conselho e concentrar o seu poder político num candidato único para garantir sua eleição.

Diante do cenário que se desenhava, a Marfrig preferiu voltar à mesa de negociações e, no domingo (27), divulgou que fechou um acordo com a Previ para apoiar a indicação de Aldo Luiz Mendes, ex-vice-presidente de finanças do banco e ex-diretor do Banco Central, para a chapa que irá compor o conselho de administração da BRF. Ele entrará no lugar de Oscar de Paula Bernardes Neto na chapa que havia sido proposta originalmente pela Marfrig.

A escolha da nova chapa ocorrerá em assembleia nesta segunda-feira (28). Vale lembrar que o nome escolhido pela Marfrig para presidir o conselho é o de Marcos Molina, fundador da empresa.

Mercado à espera de potencial fusão

No dia 21 de fevereiro, a Marfrig comunicou ao mercado que pretendia fazer valer seu percentual na BRF e avisou que começaria a influenciar na administração da dona da Sadia e da Perdigão por meio de uma nova chapa no conselho.

A Marfrig é a maior acionista da BRF, com uma participação de 33,25% na companhia, mas até então hesitava em exercer seu poder político sobre a empresa.

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O movimento era esperado por especialistas de mercado, que não descartam a hipótese de a Marfrig tentar, em seguida à eleição de seus candidatos ao conselho, uma fusão com a BRF. As duas empresas já haviam tentado uma combinação em 2019, mas a operação, à época, fracassou.

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