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Light (LIGT3) informa Aneel sobre dificuldade de gerar caixa para tocar concessão

No âmbito do processo de reajuste tarifário, a distribuidora disse que a principal causa dessa situação é a diferença entre as perdas de energia reais e as perdas regulatórias

Foto: Shutterstock/arturnichiporenko

Diante de uma situação financeira delicada, agravada por furtos de energia e aumento na inadimplência dos clientes, a Light (LIGT3) informou à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que tem apresentado geração de caixa insuficiente para tocar a concessão até 2026.

No âmbito do processo de reajuste tarifário de 2023, a distribuidora de energia do Rio de Janeiro disse que a principal causa dessa situação é a diferença entre as perdas de energia reais e as perdas regulatórias definidas pela Aneel.

Em comunicado enviado ao mercado na noite de ontem, após ser questionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Light explicou que, além de furtos e inadimplência de parcela de sua base de consumidores, outros fatores de mercado exógenos à concessão também contribuem, já que afetam o nível de consumo de energia e o pagamento das contas de luz.

De acordo com a concessionária, a existência de efeitos decorrentes das mencionadas perdas não-técnicas (furtos) e da inadimplência de consumidores são relatados com frequência pela companhia em todos os processos de revisão tarifária perante a Aneel ao longo da história de sua concessão.

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Histórico

No último dia 8 de fevereiro, após uma queda acumulada de 17,63% nos últimos sete dias, desde o anúncio da contratação da consultoria Laplace para ajudar na reestruturação financeira, a empresa carioca afastou rumores de recuperação judicial, o que deu um alento no mercado.

Como é de conhecimento, a Light, que majoritariamente atua como distribuidora de energia no Rio de Janeiro, principalmente na região metropolitana, enfrenta diversos desafios ao longo dos anos

A desconfiança no mercado é tanta que a Light pode vir a ter dificuldade na negociação de dívidas, visto que o curto prazo é bem complicado, além do histórico recente da Americanas, que pode ter deixado os credores mais receosos com esse tipo de empresa, com caixa equivalente ou menor ao tamanho da dívida.

Uma das saídas para a Light pode ser um follow-on (oferta de ações) para captar recursos e ganhar fôlego financeiro.

Nesta quinta-feira, as ações ordinárias da companhia encerraram em queda de 7,77%, a R$ 2,61. Nos últimos sete dias, os papeis acumulam queda de 17,41% até ontem, segundo dados da plataforma TradeMap.

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