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Juros futuros e dólar mantém escalada com mudança na Lei das Estatais; Bolsa cai

Deputados aprovaram texto-base de projeto que flexibiliza as restrições da lei, que existe para evitar ingerência política nas estatais

Foto: Shutterstock/TaniaKitura

Após subirem com força ontem com a confirmação do nome de Aloizio Mercadante para o BNDES, os juros futuros continuam a escalar na manhã desta quarta-feira (14) com a rápida aprovação de mudanças na Lei das Estatais na noite de ontem na Câmara – o texto ainda será apreciado pelo Senado e precisa ser sancionado pelo Executivo.

Os deputados deram o aval para o texto-base de um projeto que flexibiliza as restrições da lei, que foi aprovada em 2016 no governo Temer e tem como objetivo dificultar a nomeação de políticos para a presidência e diretorias de empresas públicas.

No dia em que Aloisio Mercadante foi confirmado por Lula na presidência do BNDES, os parlamentares aprovaram uma mudança na regra que diz que dirigentes de campanhas eleitorais precisam ficar 36 meses fora de atividades políticas para serem indicados para estatais. O prazo foi alterado para somente 30 dias.

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Por volta das 10h30, a taxa dos contratos DI com vencimento em janeiro de 2024 subiam 6 pontos-base, a 14,09%. Já o vencimento de janeiro de 2026 avançava 21 pontos, a 13,66%. O dólar futuro com vencimento em janeiro de 2023 subia 0,88%, a R$ 5,36, segundo dados da plataforma TradeMap. O Ibovespa abriu em queda de 1%, a 102.393 pontos.

“O mercado está estressado. Ontem, o anúncio de Mercadante no BNDES surpreendeu, e a rapidez com que se aprovou a mudança na Lei das Estatais também. A carência se reduziu de 36 meses para 30 dias, e esse tipo de alteração vai se refletir no Banco do Brasil, em outras estatais”, apontou Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.

“Camada de proteção”

Em relatório sobre a Petrobras (PETR3, PETR4), o Goldman Sachs apontou que a Lei das Estatais é considerada como uma das camadas de proteção contra intervenção na estatal.

“Enfatizamos que o projeto foi aprovado por uma larga maioria na casa, de 314 votos contra 66, mostrando que o novo governo pode ter capital político para reunir apoio do Congresso e fazer ajustes adicionais na lei”, apontou o banco. “Esperamos uma reação negativa do mercado.”

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