A expectativa de lucros menores da JBS (JBSS3) para o último trimestre de 2022 levou o Goldman Sachs a cortar o preço-alvo para a companhia, apesar de ainda recomendar a compra dos papéis, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (24).
O banco reduziu o valor esperado para os próximos 12 meses de R$ 39,40 para R$ 34,90, um potencial de valorização de 82% ante o preço de fechamento na véspera (R$ 18,90).
Por volta das 12h, as ações da JBS operavam em queda de 1,48%, R$ 18,63.
Após avaliar dados do setor e recentes comentários da administração da JBS, o analista Thiago Bortoluci revisou para baixo a previsão do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) no último trimestre do ano passado.
A expectativa é que a empresa apresente um resultado operacional de R$ 4,9 bilhões, queda de 49% ante o mesmo período de 2021. A JBS vai divulgar os dados do último trimestre de 2022 no dia 21 de março.
Segundo o analista, a visão mais pessimista é justificada pelo enfraquecimento da demanda no mercado americano, o ciclo negativo para carne bovina nos EUA e na Austrália, além de um excesso da oferta de frango em escala global.
“Continuamos esperando uma configuração de ganhos amplamente desafiadora para os próximos 6 meses e reconhecemos uma dinâmica desafiadora em que todas as unidades de negócios estão perdendo força”, informou o analista.
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Apesar dessa pressão no curto prazo, o Goldman Sachs manteve a recomendação de compra de olho na recuperação do mercado americano entre o fim deste ano e o início de 2024.
“[…] embora observando gatilhos limitados de curto prazo, as expectativas do mercado para os EUA nos próximos 6 a 12 meses ainda parecem muito altas”, destacou o banco.