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JBS (JBSS3) é boa, mas Minerva (BEEF3) é a melhor entre frigoríficos, diz BTG Pactual

Minerva está menos alavancada e deve ser beneficiada por aumento nas margens de lucro em 2023, segundo o banco

Foto: Shutterstock/Katarzyna Hurova

A expectativa de margens menores de lucro fez o BTG Pactual piorar as projeções para os frigoríficos da Bolsa, exceto para a Minerva (BEEF3).

Em relatório publicado nesta terça-feira (7), o banco reduziu a previsão para a margem de lucro dos frigoríficos com a carne bovina nos Estados Unidos e com as vendas de carne de aves. Isso deixou mais negativas as expectativas em relação aos resultados de Marfrig (MRFG3), BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3).

No entanto, revisou para cima a estimativa para a margem de lucro com carne bovina na América do Sul – algo positivo para a Minerva, principalmente porque, na visão do BTG Pactual, o principal motor para o movimento das ações nos próximos meses virá da forma como as margens de lucro afetarão a alavancagem.

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O banco estima que, em 2023, a Minerva será o frigorífico com o menor nível de alavancagem – indicador que mede a relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

No caso da empresa, a previsão é que a dívida líquida fique próxima a 2 vezes o Ebitda acumulado no ano. Para a JBS, o índice seria de aproximadamente 3 vezes, enquanto BRF e Marfrig devem apresentar alavancagem de 3,6 e de 5 vezes, respectivamente.

Taxas menores significam situações financeiras mais confortáveis, com geração de caixa mais próxima do endividamento e uma sobra maior de recursos para os sócios da empresa.

Como pontua o BTG Pactual, a baixa alavancagem da Minerva, por exemplo, deve permitir à empresa continuar distribuindo metade do lucro aos acionistas. E o lucro da companhia deve crescer, dada a previsão de aumento nas margens.

“A Minerva é a única ação do setor que apresenta uma combinação poderosa de lucro, balanço forte e preço baixo”, disse o BTG Pactual no relatório.

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O banco manteve a recomendação de compra das ações da Minerva e aumentou o preço-alvo dos papéis de R$ 21 para R$ 22, o que implica um potencial de valorização de aproximadamente 60% em relação ao fechamento de segunda-feira (6).

No caso da JBS, o BTG Pactual também manteve a recomendação de compra das ações, mas reduziu o preço-alvo de R$ 54 para R$ 40, valor cerca de duas vezes maior que o preço atual do papel.

Ainda que a alavancagem da JBS esteja mais alta que a da Minerva, afirmou o BTG Pactual, ainda vale a pena comprar a ação por causa da base diversificada de ativos da companhia, que deve tornar mais suave o processo de redução das margens de lucro da empresa nos próximos meses.

Para a Marfrig e BRF, a recomendação do banco continua neutra – ou seja, nem compra, nem venda -, com preço-alvo de R$ 10 e de R$ 11, respectivamente. Antes, os valores eram de R$ 17 e R$ 20, nesta mesma ordem.

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