JBS (JBSS3): empresa anuncia dividendos e recompra de ações após lucro crescer

JBS afirmou que irá continuar seus investimentos por todo o mundo, mas sem esquecer do retorno aos acionistas

Foto: Shutterstock

Após divulgar seu balanço financeiro relativo ao primeiro trimestre de 2022 na noite de quarta-feira (11), a JBS realizou uma teleconferência para apresentar e comentar seus números nesta quinta (12).

Depois de ter anotado um lucro líquido de R$ 5,1 bilhões, 151% maior em comparação a igual período do ano passado e apresentar uma receita líquida de R$ 90,8 bilhões de janeiro a março deste ano, a empresa afirmou que irá continuar seus investimentos por todo o mundo, mas sem esquecer do retorno aos acionistas.

A JBS se aproveitou do fato de produzir e vender em em diferentes países, como Estados Unidos e Austrália, para driblar a aceleração da inflação no Brasil, e com isso, conseguir um trimestre com avanço nos indicadores.

De acordo com Gilberto Tomazoni, CEO global da companhia, os números do período se “destacam na história da companhia, mostrando nossa resiliência num cenário desafiador”. Ele também citou que um resultado “robusto” de bovinos e suínos foi crucial para a perfomance.

Contudo, os executivos da companhia presentes na teleconfêrencia frisaram que, apesar de continuarem a investir em outros países e monitorarem possíveis novas aquisições, os investidores continuam nas atenções da JBS.

No balanço, a empresa informou que aprovou dividendos totais de R$ 2,2 bilhões. O montante é equivalente a R$ 1 por ação ordinária da companhia. 

Os proventos serão pagos de acordo com as posições acionárias existentes no encerramento do pregão do dia 16 de maio de 2022, e o pagamento será realizado no dia 24 de maio.

Além disso, o CFO global da companhia, Guilherme Cavalcanti, destacou que a empresa irá cancelar cerca de 26 milhões de ações em tesouraria, e anunciou um plano de recompra de ações de até 113 milhões de papéis. O prazo máximo para liquidação das operações é de 18 meses, iniciados em maio. 

Presença da JBS segue forte fora do Brasil

No primeiro trimestre de 2022, a JBS viu sua receita com exportações crescer 31% em relação ao mesmo período em 2021, atingindo US$ 4,5 bilhões. Do total, a Ásia foi responsável por 53% do montante.

Apesar disso, a China, grande compradora da empresa com 26% do total do trimestre passado, enfrenta uma série de medidas restritivas de mobilidade devido a surtos de Covid-19 por lá. Contudo, André Nogueira, CEO das operações americanas da JBS, afirmou que a demanda não será afetada.

Segundo ele, a China continua forte, e outros mercados, como o Japão, estão suprindo parte da demanda que os chineses não compram. O grande problema, segundo ele, é logístico, com alguns portos parados no gigante asiático, a JBS acaba ficando com um “nível de estoque maior do que gostaria”, mas acredita numa solução rápida para o problema.

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Fora dos mercados asiáticos, a JBS destacou as aquisições que concluiu na Austrália no período: Rivalea, especializada em suínos, e a Huon, que atua com salmão.

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