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IPCA-15 de dezembro e inflação e consumo nos EUA – veja o que importa hoje

Leituras acima do previsto em dados sobre inflação podem azedar humor do mercado aqui e no exterior

Foto: Shutterstock/Travis Wolfe

Em mais um ano marcado pela inflação sob pressão, os dados que serão divulgados nesta sexta-feira (23) darão o primeiro retrato de como a alta de preços no Brasil desacelerou em relação ao pico observado em abril.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará os dados preliminares sobre a inflação de dezembro às 9h, com o IPCA-15.

Apesar da perda de fôlego esperada para o mês, o índice deve terminar 2022 bem acima do limite previsto no regime de metas do Banco Central.

O BTG Pactual prevê que a alta do IPCA-15 chegue a 0,48% em relação a novembro e a 5,86% no acumulado de 12 meses – uma projeção mais otimista que a do mercado, que espera elevação mensal de 0,55% e avanço anual de 6,17%.

Em qualquer um dos casos, a inflação ficaria bem acima da meta que deveria ser buscada pelo Banco Central, de 3,5%, e extrapolaria inclusive o teto de 5% previsto no mesmo regime.

Vale ressaltar que a instituição já sinalizou ao mercado que espera inflação de 6,0% em 2022, a despeito da disparada nos juros desde o início do ano passado.

Mesmo assim, o mercado estará atento ao IPCA-15, porque, da última vez em que falou ao mercado, o Banco Central indicou que pode voltar a elevar as taxas se a inflação recrudescer.

Juros maiores significam mais obstáculos ao crescimento econômico, mais dificuldade para as empresas lucrarem e aumento das despesas financeiras das companhias.

Um avanço acima do esperado no IPCA-15, portanto, poderia balançar as expectativas em relação ao mercado de ações.

Até agora, especialistas acreditam que os juros eventualmente vão cair em 2023. No mercado, há um pouco mais de desconfiança: os contratos futuros sugerem que a expectativa é de juros estáveis até o início de 2024.

Dados dos EUA também entram no radar

Outro indicador que vai chamar a atenção dos investidores nesta sexta serão os dados de consumo e inflação nos Estados Unidos, com publicação prevista para as 10h30.

Os números são referentes a novembro – e, portanto, estão um pouco defasados -, mas trarão o PCE, índice de preços preferido do Federal Reserve, o banco central americano, para medir a inflação no país.

A expectativa é que o núcleo desse índice suba 0,2% em relação a outubro, segundo o banco americano Wells Fargo.

Os números também devem mostrar como estava o consumo dos americanos no mês passado. Há sinais de que, após meses resistindo à piora das condições econômicas, a população dos EUA está comprando menos. A previsão é também é de um aumento de apenas 0,2% nos gastos com consumo em novembro.

Leituras acima desses níveis podem azedar o humor dos investidores lá fora, pois dariam motivos para o Fed seguir firme em sua jornada de juros altos.

Bolsas no exterior

O clima no exterior é positivo nesta manhã. Tanto as bolsas europeias quanto os índices futuros do mercado de ações americano operam em leve alta.

Na quinta-feira, as bolsas internacionais caíram após dados mostrarem que a economia dos Estados Unidos cresceu mais que o esperado no terceiro trimestre, renovando os receios com a permanência de juros altos no país.

Por volta das 8h15, o índice Euro Stoxx 50, que reúne as ações de 50 grandes empresas europeias, subia 0,2%, enquanto os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançavam cerca de 0,4% no mercado futuro.

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