A indústria de fundos registrou saída líquida de R$ 13,2 bilhões em janeiro, liderada pelas categorias de ações e multimercados, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
A categoria de fundos multimercados teve o maior regaste da indústria, no valor de R$ 19,4 bilhões, foi liderado pelo segmento multimercado livre.
Já os fundos de ações tiveram saída líquida de R$ 10,6 bilhões, pressionada pela categoria ações livre.
Os investidores reduziram de forma geral a exposição em renda variável. Até os fundos de ações listados em bolsa (ETFs, sigla em inglês para Exchange Traded Funds) tiveram resgate líquido, de R$ 1,7 bilhão, no mês passado.
Com a taxa Selic em dois dígitos, os investidores têm migrado as alocações para os fundos de renda fixa, que lideraram os aportes e apresentaram entrada líquida de R$ 22,4 bilhões em janeiro.
Fundos de ações FMP-FGTS lideram ganhos em janeiro
Os fundos de ações FMP-FGTS, que não estão mais abertos para investimento, lideraram os retornos em janeiro, com retorno de 8,24%.
Durante o processo de privatização da Petrobras e da Vale, trabalhadores vinculados ao FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) tiveram a oportunidade de garantir ações dessas empresas. Os Fundos Mútuos de Privatização (FMP) são justamente os veículos desses investimentos.
Com a alta de 6,98% do Ibovespa em janeiro, os fundos da categoria Previdência Ações Indexados, que seguem o principal índice da bolsa, tiveram a segunda melhor performance, com valorização de 7,10%.
Já a queda de 1,61% do dólar frente ao real em janeiro prejudicou o desempenho das categorias de fundos Renda Fixa Dívida Externa e do tipo Cambial, que lideraram as perdas no mês passado, com quedas de 6,29% e 4,75%, respectivamente.