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Inter (INBR32): 3º trimestre ainda deve ser morno, mas lucro pode chegar a R$ 400 mi em 2023, diz BBA

Ação, preferida do BBA entre os bancos digitais, tem potencial de alta de 95%, segundo o banco

Foto: Shutterstock

O terceiro trimestre deve ser o último em que o Inter (INBR32) reportará resultados próximos ao breakeven (ponto de equilíbrio entre custos e receitas), na visão do Itaú BBA. A partir do último trimestre de 2022, a expectativa dos analistas é que o banco comece a entregar lucros maiores, podendo chegar a R$ 400 milhões em 2023.

“O Inter vem historicamente operando perto do breakeven, propositalmente, conforme as receitas são direcionadas para investimentos de ‘crescimento’, incluindo marketing, pessoal, rendimentos generosos sobre depósitos de clientes e taxas abaixo da média do mercado para produtos de crédito”, explicam Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, analistas do BBA, em relatório distribuído nesta segunda-feira (12).

As coisas, porém, devem mudar daqui para frente. De acordo com o BBA, a gestão do Inter vem indicando que a ideia é continuar crescendo, mas também mostrar que seus clientes e produtos podem trazer lucro. Para isso, o banco vem adotando estratégias como elevação nas taxas de juros, redução nas despesas de marketing e pessoal e gradual diminuição nos rendimentos dos depósitos.

“Esperamos que os resultados do terceiro trimestre sejam os últimos em torno do breakeven antes de eles começarem a registrar lucro”, concluem os analistas, uma vez que as estratégias adotadas devem resultar em um NII (receita líquida de juros) mais forte e em maior eficiência.

Junto com o crescimento nos lucros, o BBA espera que a carteira de crédito do Inter cresça 34% em 2022, na comparação com o ano passado, e acelere para expansão de 51% em 2023, quando a inadimplência deve girar em torno de 4,4%. Também para 2023, o BBA projeta alta de 44% na receita líquida e ROE (retorno sobre patrimônio) de cerca de 5%.

Nesse sentido, o BBA destaca que, ainda que a inadimplência de cartão de crédito do Inter venha subindo, essa aceleração é menor do que a de outros players. A inadimplência de cartões do Inter cresceu 300 pontos base na base anual, para 8% no segundo trimestre, contra 15% estimados para o Banco Pan (BPAN4).

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Isso, na visão do BBA, se deve à maior seletividade na concessão de cartões de crédito, ao perfil de clientes e ao ecossistema completo de serviços financeiros, que coloca os serviços bancários no centro. A expectativa é que a inadimplência fique estável no segundo semestre.

Diante disso, os analistas do BBA reiteram sua classificação de outperform (equivalente à compra) para a ação do Inter – isto é, esperam um desempenho acima da média do mercado -, sua preferida entre as ações de bancos digitais.

“Gostamos de sua combinação única de produtos de crédito e fontes de receita diversificados, da grande base de depósito e da ampla posição de capital”, afirma o BBA.

Para as ações do banco, listadas em Nova York, o preço-alvo fixado pelos analistas é de US$ 8, o que corresponde a alta de 95% em relação ao valor do papel no fechamento da última sexta-feira (9), de US$ 4,11. Para os BDRs, o preço-alvo é de R$ 45 – potencial de alta de 111%.

Por volta das 13h40, a ação era negociada em alta de 5,84% em Nova York, a US$ 4,35. Por aqui, os BDRs subiam 3,90%, a R$ 22,13.

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