Inflação nos EUA, taxa de desemprego e tensão pré-eleitoral – veja o que importa hoje

Mercados internacionais se recuperam na manhã desta sexta-feira, após tombo de ontem

Foto: Shutterstock

No último pregão antes das eleições, marcadas para este domingo (2), notícias do exterior devem continuar determinando o humor do mercado brasileiro. Após o forte tombo de ontem, as bolsas internacionais se recuperam na manhã desta sexta-feira (30), à espera da divulgação do indicador mais acompanhado pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA, quando o assunto é inflação.

O PCE (índice de preços para despesas com consumo pessoal) de agosto será divulgado às 9h30 pelo Departamento de Comércio americano, com analistas ouvidos pela Reuters prevendo uma alta de 0,4% na comparação com julho.

Ontem, esse mesmo indicador para o segundo trimestre foi revisado para cima pelo governo americano, o que fez as bolsas desabarem. Contribuiu para isso também o fato de os novos pedidos de auxílio desemprego nos EUA ter caído na semana passada, evidenciando um mercado de trabalho mais forte e com mais potencial inflacionário.

Há pouco, foi divulgada a inflação da Zona do Euro em setembro, que alcançou um patamar recorde de 10% na comparação anual.

Por volta das 8h, os índices futuros americanos operavam no azul: o Dow Jones subia 0,48%, o S&P 500 estava em alta de 0,60% e o Nasdaq ganhava 0,55%. No mesmo horário, o Euro Stoxx 50, principal índice europeu, avançava.

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Por que isso importa? 

A inflação elevada nos Estados Unidos sugere que o Federal Reserve, banco central do país, pode ser obrigado a manter os juros altos por mais tempo ou ser mais agressivo do que o previsto para controlar a alta dos preços. Juros altos são má notícia para as empresas e, consequentemente, para os preços das ações. 

Desemprego e tensão pré-eleitoral

Logo mais, às 9h, os investidores acompanham ainda a taxa de desemprego de agosto, que será informada pelo IBGE. A expectativa de analistas é que o dado indique que a desocupação voltou a recuar no Brasil, para pouco menos de 9%.

Em julho, a taxa caiu para 9,1%, menor nível desde dezembro de 2015, segundo os números da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Ontem, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostrou que a criação de vagas com carteira assinada surpreendeu positivamente no mês.

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Os investidores ainda estarão de olho no dado do Banco Central de agosto para o resultado primário (receitas menos despesas antes do pagamento de juros). O número mede o desempenho das contas da União, estados, municípios e estatais.

Nas vésperas das eleições, o mercado acompanha a repercussão do debate de presidenciáveis na noite de ontem na Globo, que foi dominado por ataques pessoais entre os candidatos. A pesquisa Datafolha mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 50% dos votos válidos no primeiro turno, contra 36% de Jair Bolsonaro (PL).

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