Após o forte reajuste combustíveis realizado ontem pela Petrobras, que pode levar a inflação a mais de 7% neste ano, os investidores acompanham com atenção o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro, que será divulgado logo mais, às 9h, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A expectativa de analistas ouvidos pela Reuters é de uma alta de 0,96%, e qualquer número além disso deve incentivar ainda mais a bateria de revisões de expectativas para aumento dos preços neste ano. Após 57 dias sem reajustes, a Petrobras anunciou que a partir desta quinta (11) o valor do litro da gasolina vai subir 18,8%, para R$ 3,86, e do diesel passará a R$ 4,51 – aumento de 24,9%.
O mercado ainda acompanha a tramitação no Congresso de um conjunto de propostas para tentar frear os recorrentes aumentos nos valores dos combustíveis.
No final da noite de ontem, a Câmara aprovou o projeto do Senado que determina que o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incide sobre o litro do combustível, e não sobre o preço final do produto. A alíquota será definida pelos estados até o final do ano, e até lá o tributo fica congelado com base na média dos últimos cinco anos.
O texto estabelece cobrança em uma única fase da cadeia de produção do ICMS e propõe que o imposto tenha uma alíquota única para cada produto em todo o país –a exceção é o querosene de aviação, que foi retirado o texto aprovado pelos deputados.
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Bolsas internacionais
Após uma semana marcada pela volatilidade da invasão da Ucrânia pela Rússia, as principais bolsas internacionais operam em alta na manhã desta sexta.
Por volta das 7h50, o índice Euro Stoxx 50 registrava alta de 0,84%. Os contratos futuros americanos também operavam com ganhos: o Dow Jones subia 0,35%, o S&P 500 registrava alta de 0,45% e o Nasdaq tinha avanço de 0,54%.