Em um dia de pessimismo nos mercados diante do noticiário político, o Ibovespa opera em forte queda, enquanto o dólar se valoriza e as taxas de contratos de juros futuros avançam. Na Bolsa brasileira, por volta das 12h30, o Ibovespa cedia 2,24%, para 108.301 pontos.
Os negócios desta quinta-feira, 21, estão sendo pautados pelo aumento das preocupações com relação ao fiscal brasileiro.
O ministro Paulo Guedes, que vinha sendo apontado como o último guardião em defesa de um Auxílio Brasil menor, confirmou que o governo pagará no ano que vem os R$ 400 defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Guedes pediu um “waiver“, uma espécie de licença, para gastar R$ 30 bilhões fora do teto de gastos, recursos que seriam usados para pagar o benefício ao longo de 2022.
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Os ânimos também vêm se agravando nesta sessão com a possibilidade de uma greve de caminhoneiros, com impacto sobre as ações de empresas de postos de combustíveis, casos da Vibra (BRDT3), com baixa de 4,09%, a R$ 22,28, Ultrapar (UGPA3), com recuo de 4,81%, a R$ 14,05, e da Raízen (RAIZ4), com queda de 3,16%, a R$ 6,43.
As ações da Vale (VALE3) também são destaque de baixa no índice (-3,86%, a R$ 73,46), seguindo a forte queda no preço do minério de ferro e preocupações de investidores com possíveis reduções em sua produção. Ações de siderúrgicas também sofrem no pregão de hoje, como da Usiminas (USIM3), com queda de 5,01%, a R$ 14,03, e CSN (CSNA3), com baixa de 3,96%, a R$ 24,53.
Petrobras (PETR4) ainda recua 2,57%, a R$ 27,68. Ontem a empresa informou que registrou produção média de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural, considerando Brasil e exterior (referente aos campos da Bolívia, Argentina e Estados Unidos), de 2,83 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boepd) entre julho e setembro de 2021, uma retração de 4,1% frente a igual intervalo de 2020, porém um aumento de 1,2% na comparação com o segundo trimestre.