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Ibovespa segue bom humor externo e sobe, impactado por ações de varejo e commodities

Por volta de 13h15, o principal índice da B3 operava em alta de 1,5%, aos 97.991 pontos

Foto: Shutterstock

Seguindo o bom humor dos mercados internacionais, o Ibovespa opera no campo positivo nesta segunda-feira (18) puxado pela alta em bloco dos setores ligados ao varejo e as commodities.

Por volta de 13h15, o principal índice da B3 operava em alta de 1,49%, aos 97.991 pontos.

Uma das altas no primeiro pregão da semana é puxada pela Magazine Luiza (MGLU3), varejista com grande correlação ao mercado de tecnologia, com avanço de 4,32%. Na mesma linha, a Via (VIIA3) tinha ganhos de 1,67% e o Grupo Soma (SOMA3) subia 2,28%.

Segundo Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos, o bom humor com as empresas segue a alta das ações da Nasdaq, a Bolsa que concentra as empresas de tecnologia nos Estados Unidos.

O destaque também fica para papéis atrelados às commodities e que surfam na onda de valorização neste início de semana. O minério de ferro fechou o dia com alta de 2,2% no porto de Dalian, na China, com a tonelada cotada a aproximadamente US$ 100. O barril de petróleo tipo Brent, usado como referência no mercado internacional, por sua vez, tinha alta de 4,2%, acima de US$ 105.

Neste contexto, a PetroRio (PRIO3) subia 6,09% e CSN (CSNA3), 3%. A Vale (VALE3), empresa com maior peso no Ibovespa, registrava alta de 2%, enquanto os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) tinha ganhos de 2,84% e os preferenciais (PETR4) subiam 1,86%.

Frigoríficos estendem perdas

Na ponta de baixo, as quedas do pregão eram puxadas por papéis de frigoríficos, setor com alta dependência das exportações e que sofrem os efeitos da desaceleração do dólar ante o real.

A queda do grupo era puxada pela BRF (BRFS3), com recuo de 2,32%. Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) tombavam 1% e 1,35%, respectivamente.

Para Crespi, o movimento também tem relação ao rebalanceamento dos papéis após períodos de ganhos. “São empresas que também sofrem com um processo de correção depois de terem performado bem nos últimos dias”, explica.

O pelotão de baixo, porém, era liderado pelo recuo de 4,94% dos papéis da Eztec (EZTC3). A empresa divulgou na sexta-feira (15)  que as vendas recuaram 19,9% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2021, muito impactada pela concentração de lançamentos no final do período, o que não pegou bem.

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Mercado espera PIB maior e menos inflação em 2022

O mercado financeiro voltou a revisar para cima a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, ao passo que cortou as projeções para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo dados do Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central publicada nesta segunda-feira.

Para o PIB deste ano, a aposta agora é de uma alta de 1,75% (a projeção anterior era de 1,59%). A mudança segue o aumento de dados do serviço, setor com maior peso sobre a economia brasileira.

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A projeção para inflação também foi reduzida, de 7,67% para 7,54%, após os Estados reduzirem o ICMS de combustíveis, energia e telecomunicações.

Para 2023, no entanto, o mercado voltou a enxergar a inflação mais pressionada. Para os analistas, o IPCA deve bater 5,20% (contra aposta anterior de 5,09%), bem acima do teto da meta de inflação do ano que vem, que é de 4,75%.

A expectativa para o PIB não sofreu revisões e foi mantida em alta de 0,5%.

Bolsas internacionais

Lá fora, os mercados operam no campo positivo com o arrefecimento dos temores de alta mais agressiva nos juros americanos, com os investidores apostando que o próximo movimento do Fed (Federal Reserve, o BC americano) não deva passar de 0,75 pp (ponto percentual) na próxima reunião, no fim deste mês.

O receio foi amenizado após matéria do Wall Street Journal afirmar que membros do Fed não estão dispostos a fazer um aumento de 1 pp, como vinha sido aventado nos mercados após dados da inflação mostrarem novo aumento acima do esperado em junho.

Em Nova York, o Dow Jones tinha alta de 0,47%, o S&P 500 subia 0,75% e o Nasdaq valorizava 1,37%.

Na Europa, já perto do fechamento, o Stoxx 50 operava em alta de 0,83%, enquanto o britânico FTSE subia 0,9% e o alemão DAX, 0,74%.

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