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Boletim Focus: Analistas esperam inflação e juros mais altos no final de 2023

Especialistas ouvidos pelo BC elevaram projeções de PIB e reduziram aposta para IPCA de 2022

Foto: Shutterstock

Menos inflação e uma alta maior do PIB (Produto Interno Bruto) em 2022; inflação maior e juros mais elevados em 2023. Esse é o cenário traçado por analistas de mercado ouvidos pelo Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central publicada nesta segunda-feira (18).

Para o PIB deste ano, a aposta agora é de uma alta de 1,75% (a projeção anterior era de 1,59%). Os dados para a atividade econômica neste ano foram revisados para cima pelos analistas após a divulgação de dados bons para serviços – o número de maio veio quatro vezes acima do que era esperado, mostrando um otimismo no setor.

A projeção para inflação também foi reduzida, de 7,67% para 7,54% – as projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que chegaram a encostar em 9%, foram reduzidas após os Estados reduzirem o ICMS de combustíveis, energia e telecomunicações.

Por outro lado, o mercado agora acredita que a inflação de 2023 alcançará 5,20% (contra aposta anterior de 5,09%), bem acima do teto da meta de inflação do ano que vem, que é de 4,75%. Como resultado, os juros terão que ficar mais altos por mais tempo: agora, os analistas projetam uma taxa básica de juros, a Selic, de 10,75% no final do ano que vem (a projeção anterior era de 10,50%).

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

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O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

 

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