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Eztec (EZTC3): Mercado reage mal a concentração de lançamentos no final do 2º trimestre e ação cai

Vendas da companhia totalizaram R$ 229 milhões no período, uma queda de 19,9% na base anual

Foto: Shutterstock

O mercado não recebeu bem a prévia operacional da incorporadora Eztec (EZTC3) no segundo trimestre, que mostrou queda nas vendas e nos lançamentos, de acordo com relatórios do Itaú BBA, do Bank of America (BofA), da XP Investimentos e da Genial Investimentos.

Por volta de 12h26, o papel liderava as perdas do Ibovespa na manhã desta segunda-feira (18), operando em baixa de 4,51%, a R$ 15,26.

As vendas da Eztec tiveram queda tanto na base trimestral quanto na anual, de 24,4% e 19,9%, respectivamente, a R$ 229 milhões. Com isso, a velocidade de vendas da companhia caiu para 8%, contra 9% nos três meses anteriores e 11% no segundo trimestre de 2021. Isso, na visão do Itaú BBA, pode refletir um cenário menos positivo para a demanda.

Já na análise da XP e da Genial, o recuo das vendas se deve principalmente à concentração dos lançamentos no final do trimestre, o que fez com que poucos dias de vendas fossem contabilizados no período.

“A Eztec concentrou seus lançamentos na última semana do trimestre. Dito isso, as vendas líquidas e a velocidade de vendas foram impactadas pelo prazo limitado para o reconhecimento de vendas”, explica a XP. “Foram lançados R$ 414 milhões, que tiveram uma performance de vendas boa, mas como foram lançados apenas no dia 24 de junho, poucos dias de vendas foram contabilizados no trimestre”, completa a Genial.

Os lançamentos da Eztec entre abril e junho totalizaram VGV (valor geral de vendas) de R$ 414 milhões, baixa de 15% em relação ao primeiro trimestre e de 55% na comparação anual.

Em outra frente, as unidades em estoque correspondiam a R$ 2,7 bilhões ao fim de junho, o que equivale a 28 meses de vendas, contra 25 meses no segundo trimestre do ano passado.

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Daqui para frente, a expectativa dos analistas do BofA é que as vendas devam seguir pressionadas pela queda no poder de compra da população e pelos volumes consideráveis de estoque em construção.

“Um aspecto chave para observar à frente é a performance das margens em meio a custos em alta e uma precificação mais difícil, enquanto qualquer redução adicional de velocidade de vendas criaria camadas adicionais de preocupação”, diz o BofA.

O Itaú BBA reiterou sua classificação de market perfom para o papel – ou seja, espera que sua performance vá em linha com a média do mercado. O preço-alvo fixado pelos analistas é de R$ 19, o que corresponde a alta de 18,9% em relação ao valor do fechamento da última sexta-feira, de R$ 15,98.

O BofA, por sua vez, acredita que a performance do papel deve ser inferior à média (underperfom), devido a um cenário de deterioração na demanda para empreendimentos de médio e alto padrão no curto a médio prazo, ao foco em projetos maiores e à alta de inflação em um ambiente de difícil repasse de preços. O preço-alvo do banco é de R$ 16 – potencial de alta de 0,1%, praticamente estável em relação ao fechamento de sexta-feira.

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