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Ibovespa avança em linha com exterior, apesar de temores com Ômicron

As ações do Magalu disparam após a empresa anunciar uma emissão de debêntures no valor de R$ 2 bilhões

Foto: Deposit Photos

No primeiro dia da última semana do ano, mais curta e marcada por menor liquidez, o Ibovespa opera em alta, em linha com o movimento das bolsas no exterior. Por volta das 13h15, o principal índice da bolsa de valores brasileira subia 0,7%, aos 105.622 pontos.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 ganhava 0,95%, o Dow Jones subia 0,58% e o Nasdaq avançava 1,21%. Na Europa, o índice Euro Stoxx 50 tinha alta de 0,65% e o DAX, da Alemanha, de 0,6%. Os mercados permanecem fechados no Reino Unido, em feriado de Natal.

O principal tema no radar dos investidores é o avanço da variante Ômicron do coronavírus, que tem se espalhado ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, centenas de voos foram cancelados durante o final de semana. A China, por sua vez, registrou o maior número de casos de infecção em 21 meses.

Por aqui, pesa ainda a expectativa em torno do impasse relativo ao reajuste salarial dos policiais federais. Na última quinta-feira, dia 23, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo ainda deverá definir como serão utilizados os R$ 1,7 bilhão que haviam sido separados no orçamento para o reajuste salarial da categoria.

Nesta manhã, o Banco Central (BC) divulgou a última edição do Boletim Focus de 2021. A projeção para o crescimento do PIB de 2022 foi reduzida novamente, para 0,42%, contra 0,5% na semana anterior. Para o IPCA, as estimativas foram mantidas em 5,03%, enquanto as apostas para a Selic seguiram em 11,5% para o fim do ano que vem. A projeção para o dólar, por sua vez, ficou em R$ 5,60, contra R$ 5,57 no último levantamento.

As maiores altas do Ibovespa eram de Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3), que subiam 7,58%, 6,22% e 4,62%, respectivamente. Na ponta oposta, Marfrig (MRFG3), Locaweb (LWSA3) e Banco Pan (BPAN4) lideravam as baixas, com perdas de 2,24%, 2,15% e 1,84%.

A forte alta dos papéis de varejistas era puxada por uma expectativa positiva para as vendas de Natal e uma pesquisa da CNC indicando que 2022 terá menos feriados, o que pode ajudar o varejo.

A disparada nas ações da Magazine Luiza segue ainda o lançamento, na quinta-feira, da última emissão de debêntures da empresa, de R$ 2 bilhões, cujos recursos serão destinados à otimização do fluxo de caixa no curso e na gestão ordinária de negócios.

Outro destaque de alta é a Positivo (POSI3), que sobe 4,55%, a R$ 10,12, depois de a empresa ter vencido o leilão de fornecimento de urnas eletrônicas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma licitação com valor total de R$ 1,18 bilhão.

Entre as baixas, as ações de companhias aéreas caem, com Azul (AZUL4) perdendo 1,7%, a R$ 26,01, e Gol (GOLL4) em baixa de 1,09%, a R$ 18,23. A queda, na visão de Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, está “muito relacionada com o que está acontecendo na Europa e lá fora, com a Ômicron sendo dominante e um aumento muito forte no número de casos. Não quer dizer que vai ser igual aqui no Brasil, mas todo mundo fica no temor e isso pesa nos papéis”.

Ainda, após uma sequência de fortes altas, os papéis de frigoríficos caem em bloco, impactados pela variação do câmbio. Além da Marfrig, JBS (JBSS3) tinha baixa de 0,85%, a R$ 37,40, BRF (BRFS3) perdia 1,28%, a R$ 22,33, e Minerva (BEEF3) recuava 0,86%, a R$ 10,44.

A Petrobras (PETR4) tinha alta de 0,85%, a R$ 28,57, depois de anunciar, na noite da última quinta-feira, a venda da totalidade da sua participação nos 11 campos de produção terrestre do Polo Carmópolis, em Sergipe, por US$ 1,1 bilhão.

De acordo com a empresa, “essa operação está alinhada à estratégia de gestão de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade. A Petrobras segue concentrando cada vez mais os seus recursos em ativos de águas profundas e ultra profundas, onde tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos”.

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