Ibovespa aproveita embalo dos EUA e sobe; Petz (PETZ3) e empresas sensíveis ao juros são destaque

Recuperando parte das perdas dos dois últimos pregões, Ibovespa sobe nesta terça, embalado pela alta dos mercados americanos

Foto: Shutterstock/Alf Ribeiro

Recuperando parte das perdas dos dois últimos pregões, o Ibovespa sobe nesta terça-feira (13), embalado pela alta dos mercados americanos após dados mostrarem que a inflação nos Estados Unidos foi mais fraca que se previa em novembro.

Os preços ao consumidor do país subiram 0,1% em novembro ante outubro, quando tinham avançado 0,4%. A leitura veio abaixo da esperada pelo mercado, que passou a esperar um avanço menos intenso nos juros americanos.

Para o mercado brasileiro, isso é boa notícia. Juros menores nos Estados Unidos significam menos capital indo para os ativos de renda fixa americanos, dólar mais fraco do que se previa e um esforço menor do nosso Banco Central para conter a inflação vinda de fora.

Por aqui, os juros caíam no mercado futuro. Os contratos DI com vencimento em fevereiro de 2024 eram negociados em baixa de 0,4 ponto-percentual, a 13,92%, enquanto aqueles com vencimento em 2026 recuavam também 0,4 pp, a 13,16%, segundo dados da plataforma TradeMap.

Dentre as ações, Petz (PETZ3 +6,39%), Qualicorp (QUAL3 +4,82%), Locaweb (LWSA3 +4,16%) e outras empresas mais sensíveis aos juros operavam entre as maiores altas do dia. Já o Ibovespa avançava 0,22% nesta terça às 13h15, operando aos 105.572 pontos.

Na avaliação de Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, o movimento positivo do Ibovespa é uma resposta a essa sinalização de inflação arrefecendo nos EUA.

“Esse número trazido pelo CPI reforça a ideia de que o banco central americano vai aumentar a taxa de juros em 0,5 ponto porcentual na reunião de quarta, e não em 0,75,”, comenta.

Além de Petz, Qualicorp e Locaweb, Americanas (AMER3) avançava 3,67%, CVC (CVCB3) subia 4%, Via (VIIA3) ganhava 3,92% e Alpargatas (ALPA4) se valorizava 3,89%.

Ademais, Veronese, da B.Side, ressalta que os investidores continuam a monitorar as movimentações políticas aqui no Brasil.

Além da expectativa da aprovação da PEC da Transição, o mercado aguarda o anúncio de nomes que irão compor o Ministério da Fazenda, que será liderado por Fernando Haddad.

Suzano lidera baixas da Bolsa

Na parte negativa do Ibovespa, a ação da Suzano (SUZB3) recuava 4,77%.

Segundo informações do site infomoney, a empresa cortou o preço da celulose de fibra curta para a China em US$ 40, o que levou os preços para US$ 820 por tonelada.

Na sequência das baixas, Banco do Brasil (BBAS3) caía 1,20%, EDP (ENBR3) recuava 1,14%, Marfrig (MRFG3) perdia 1,17% e Itaú (ITUB4) se desvalorizava 1,16%.

Dentre as baixas, a ação da Azul (AZUL4) recuava 0,40%, após a companhia divulgar sua prévia operacional de novembro mais cedo.

A companhia viu tanto sua demanda quanto sua oferta e taxa de ocupação das operações brasileiras recuarem em novembro deste ano quando comparamos com os mesmos números de novembro de 2021.

Bolsas internacionais

Lá fora, o movimento é positivo tanto nos EUA quanto na Europa, repercutindo o CPI.

Os investidores pelo mundo seguem na expectativa da definição da nova taxa de juros americana, que será decidida na quarta-feira (14), pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Na quinta, é a vez do BoE (Banco da Inglaterra) e do BCE (Banco Central Europeu) divulgarem as novas taxas do Reino Unido e da zona do euro.

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