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Hapvida (HAPV3) e NotreDame (GNDI3) lideram quedas, enquanto BB Seguridade (BBSE3) sobe após balanço

Empresas de saúde forneceram expectativas com fusão que estão abaixo do que o mercado projetava

O anúncio feito em conjunto por Hapvida (HAPV3) e NotreDame (GNDI3) nesta segunda-feira (7), sinalizando que a combinação das operações das empresas deve gerar R$ 1,38 bilhão até 2025 em sinergias, decepcionou o mercado e pressiona o Ibovespa, que tem operado perto da estabilidade, oscilando entre o positivo e o negativo.

Às 13h10, as companhias de saúde lideravam as maiores quedas do índice. NotreDame Intermédica caía 6%, enquanto Hapvida recuava 5,79%. O principal índice da B3 caía 0,09%, operando aos 112.143 pontos.

Segundo comunicado feito à Comissão de Valores Imobiliários (CVM), a maior parte das sinergias virá das vendas de planos nacionais para aproveitar a estrutura das duas companhias, em vez do corte de despesas. O valor será agregado no resultado anual relativo ao lucro operacional (Ebitda).

As empresas projetam que, no primeiro ano de operações combinadas, as sinergias somariam R$ 556 milhões aos resultados. No segundo, R$ 968 milhões, e somente no terceiro ano é que atingiriam R$ 1,38 bilhão.

Além do crescimento ocorrer gradualmente, os ganhos totais serão menores do que o esperado pelo mercado.

A XP era quem possuía uma expectativa mais em linha com os resultados. A corretora esperava que a fusão trouxesse R$ 1,372 bilhão em 2025. Nos próximos 10 anos, esperava ganhos de R$ 23,5 bilhões.

Já o BTG Pactual Digital, por exemplo, esperava R$ 28 bilhões em sinergias no longo prazo, e o Itaú BBA, R$ 26 bilhões.

Para o sócio da 051 Capital, Flávio Aragão, o mercado tem recebido fatos relevantes e divulgações com muita cautela. “Quando você divulga um resultado em linha com as expectativas, o mercado já ‘bate’. No caso da Hapvida e Intermédica, como veio bem abaixo, elas sofrem mais do que o esperado”.

Maiores altas

Dentre as empresas que operam no azul, BB Seguridade (BBSE3) lidera o ranking e sobe 3,90% após reportar lucro líquido de R$ 1,23 bilhões, acima da estimativa de R$ 1,1 bilhão. Segundo a companhia, foi o maior resultado trimestral desde sua estreia na bolsa, em junho de 2013.

A empresa reportou uma queda brusca de 77,8% nas despesas financeiras da Brasilprev. O braço previdenciário da empresa reportou lucro líquido 4,5 vezes maior no quarto trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os resultados positivos foram puxados também pelo desempenho na unidade de seguros (Brasilseg) e na BB Corretora.

Puxam a fila das altas a Usiminas (USIM5), com valorização de 3,49%, e JBS (JBSS3), que sobe 3,21%. A Vale (VALE3), que representa 15% das ações negociadas na B3, também apresenta alta nessa segunda, apontando em 1,59% para cima.

As mineradoras são beneficiadas pela alta do preço do minério de ferro. Na bolsa de Dalian, a commodity apresenta alta de 2,45%, com a tonelada sendo negociado a 817 yuans.

Mercado externo

Enquanto isso, as bolsas internacionais iniciam a semana em alta. Nos EUA, o S&P 500 subia 0,16% nesta segunda, ainda refletindo dados positivos de mercado de trabalho no país, divulgados na sexta-feira (4), e resultados positivos de algumas empresas, como a Apple. Já o Nasdaq Composto crescia 0,30% e o Dow Jones apontava em 0,22% para cima.

A temporada de balanços continua forte no país. Nesta semana, os investidores aguardam os números de Pfizer, Twitter, Coca-Cola e Walt Disney. Até o momento, das 278 empresas presentes no S&P 500, 78% superaram as expectativas de lucro do consenso, segundo o Refinitiv.

Nas principais bolsas da Europa também havia alta. O Euro Stoxx 50, índice que reúne empresas de todo o continente, subia 0,85%. Na Alemanha, o DAX subia 0,95%, e na Inglaterra, o FTSE 100 crescia 0,92%.

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