Por meio de um comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na noite de quarta-feira (18), a Hapvida informou que concluiu uma liquidação financeira de sua terceira emissão de debêntures, numa oferta de R$ 2 bilhões.
De acordo com o documento, os recursos obtidos serão utilizados para o aumento de capital da NotreDame, com o objetivo de pré-pagamento de determinadas dívidas já contraídas por empresa e suas controladas. “Além disso, a captação pode ser utilizada para novas operações de fusão e aquisição e de reforço de caixa”, informou a Hapvida.
Segundo a companhia, houve excesso de demanda, o que evidencia uma “confiança dos investidores no modelo de negócios de longo prazo da companhia”.
Esse movimento de compra das debêntures sinaliza que, no mercado de dívida, as preocupações com a situação atual da Hapvida podem ser menores.
Uma debênture é títulos de dívida emitidos , por meio da qual companhias captam recursos. Na prática, é como se os investidores “emprestassem” dinheiro agora para trocar por rendimentos no futuro.
Cenário atual
Mas os números da Hapvida não estão dos melhores. No primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 182 milhões, revertendo o lucro de R$ 151,8 milhões anotado no mesmo período de 2021.
Segundo a Hapvida, o principal fator por trás da piora no resultado foi a amortização do valor justo proveniente da combinação de negócios com a NotreDame Intermédica, além de gastos com incentivos de longo prazo e remuneração baseada em ações (SOP).
Veja o balanço:
Receita dobra, mas custos da fusão pesam e Hapvida (HAPV3) tem prejuízo no 1º trimestre
O balanço negativo fez com que as ações da companhia derretessem na Bolsa. Após ter divulgado seus resultados na noite de segunda (16), os papéis tiveram uma desvalorização de 16,84% no dia seguinte.