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Receita dobra, mas custos da fusão pesam e Hapvida (HAPV3) tem prejuízo no 1º trimestre

Companhia registrou prejuízo líquido de R$ 182 milhões no período

Foto: Divulgação

A Hapvida (HAPV3) registrou prejuízo líquido de R$ 182 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo o lucro de R$ 151,8 anotado no mesmo período do ano passado.

No resultado ajustado, que exclui efeitos do incentivo de longo prazo e amortização da combinação de negócios, o lucro líquido caiu 69,9% no período na base anual, para R$ 78,1 milhões.

Segundo a companhia, o principal fator por trás da queda no resultado foi a amortização do valor justo proveniente da combinação de negócios com a NotreDame Intermédica, além de gastos com incentivos de longo prazo e remuneração baseada em ações (SOP).

A receita líquida alcançou R$ 4,841 bilhões no trimestre, 108,4% maior que o visto no mesmo período do ano anterior, impulsionada pela combinação de negócios com a GNDI, além de um aumento orgânico no número de beneficiários, da receita proveniente de empresas adquiridas e do crescimento na receita de prestação de serviços para terceiros.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por outro lado, teve queda de 39,1% no período, para R$ 284,4 milhões na base anual. Com ajuste, excluindo os efeitos do incentivo de longo prazo e a amortização da combinação de negócios, o lucro operacional somou R$ 414 milhões no trimestre, uma queda de 11,3% ante o mesmo intervalo de 2021.

A redução no Ebitda, segundo a Hapvida, é explicada principalmente pelos impactos da pandemia, uma vez que os custos assistenciais relativos à Covid-19 somaram R$ 121,2 milhões no trimestre.

A carteira de beneficiários de saúde e odonto era de 15,272 milhões ao final do primeiro trimestre, uma alta de 122,9% ante igual intervalo de 2021. Do total, 8,774 milhões representavam plano saúde e 6,498 milhões, odonto, uma alta de 133,3% e 110,3%, respectivamente.

O ticket médio caiu 4,2% no período na base anual e totalizou R$ 217,91. A queda, de acordo com a companhia, deve-se principalmente ao reajuste negativo de 9,19% divulgado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 2021.

O custo assistencial total foi de R$ 3,72 bilhões no primeiro trimestre do ano, uma elevação de 144,5% ante o mesmo intervalo do ano anterior.

A sinistralidade total da companhia alcançou 76,9% ao final do primeiro trimestre, uma alta de 11,3 pontos percentuais (pp) na comparação anual.

A rede própria de atendimento da Hapvida era de 749 unidades entre hospitais, clínicas, diagnóstico e prontos atendimentos, aumento de 63,9% em comparação ao mesmo trimestre de 2021.

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