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Gafisa: Esh pede assembleia para suspender direito de fundos de Tanure; reunião de hoje está mantida

Gestora alega que o grupo Master, controlado pelo empresário, comprou ações da empresa que lhe garantiriam a maioria na assembleia marcada para hoje

Foto: Shutterstock/Refat

(Matéria atualizada às 14h50 de 09/01/2023 para alteração do título e inclusão da posição da Gafisa sobre o assunto.)

A gestora Esh Capital, acionista minoritária da Gafisa (GFSA3), disse que vai pedir uma realização de nova assembleia geral extraordinária para suspender os direitos políticos do grupo Master, controlado por Nelson Tanure, que é o acionista controlador da empresa, até que a OPA (oferta pública de aquisição) de poison pill seja realizada, de acordo com o artigo 50 do estatuto da empresa, informou a gestora.

Isso porque o artigo 44 da construtora diz que qualquer acionista ou grupo de acionistas que venha a atingir a participação direta ou indireta igual ou superior a 30% do total de ações de emissão da companhia deverá dar imediata ciência, por meio de comunicação ao diretor de relações com investidores da aquisição e efetivar a oferta de aquisição das ações dos demais acionistas da companhia.

Em nota, a Esh afirmou que o grupo Master comprou ações da Gafisa que lhe garantiriam a maioria na assembleia geral extraordinária, marcada para esta segunda-feira (9), às 18h, para discutir o aumento de capital da companhia.

O aumento de capital da Gafisa no montante de R$ 78,1 milhões, realizado por meio de 13.256.263 ações ordinárias a R$ 5,89,  abaixo da cotação atual do papel, que é de R$ 22,80, foi autorizado no domingo (8), por meio de uma liminar concedida pelo desembargador Azuma Nishi do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O desembargador voltou atrás em sua decisão de suspender o aumento de capital da Gafisa  após a companhia alegar que a decisão poderia afetar sua liquidez.

Entenda a guerra entre a gestora e a construtora

A Esh pediu a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE), marcada hoje, para discutir a aprovação do aumento de capital do qual a gestora havia entrado na Justiça para tentar barrar a homologação da operação antes dessa votação, dado que a posição dos acionistas minoritários seria diluída.

A gestora, que tem mais de 15% das ações da Gafisa, aponta que mesmo que o aumento de capital da companhia fosse discutido na assembleia de hoje, a sua posição não conseguiria prevalecer.

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Para a Esh, o aumento de capital da Gafisa se deu de forma ilegal, sem que houvesse discussão com os acionistas minoritários. “A companhia nem apresentou o parecer do conselho fiscal aos acionistas, processo necessário para realizar o aumento”, diz a nota.

Além de barrar o aumento de capital, a gestora também conseguiu uma decisão liminar que impediu a conversão de debêntures emitidas pela Gafisa em ações da companhia no valor de R$ 245,5 milhões.

A Esh alegou que o dinheiro levantado para o desenvolvimento de projetos beneficiaria a empresa de Tanure, que seria proprietária dos terrenos negociados, discussão que deve ir para o tribunal de arbitragem.

Procurada, a Gafisa afirmou, por meio de nota, que em consulta à base acionária, a empresa não confirmou nenhuma das informações divulgadas pelo acionista em questão. “Mais uma vez, a atuação da Esh Capital tem como único propósito desinformar o mercado e satisfazer os seus próprios interesses”, disse a Gafisa, confirmando que a assembleia geral extraordinária marcada para hoje está mantida.

A construtora ainda reafirmou a sua governança e conformidade legal e ratifica as medidas que já adotou e continuará a adotar para preservar os interesses de todos os seus mais de 39 mil acionistas.

Às 14h50, a ação ordinária da Gafisa (GFSA3) subia 8,65% cotada a R$ 24,99.

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