Em meio a uma briga com o empresário Nelson Tanure, controlador da Gafisa (GFSA3), a Esh Capital afirmou que atingiu uma participação total de 4,190 milhões de ações, o que corresponde a uma participação de 11,06% na construtora.
No começo desta semana, a Gafisa informou o mercado que convocou uma assembleia geral ordinária para o dia 9 de janeiro, a pedido da Esh Capital, para discutir os assuntos pleiteados pela gestora.
Entre os itens da pauta, consta a responsabilidade de administradores e membros do conselho fiscal por prejuízos causados contra a Gafisa, em decorrência de “atos ilícitos e operações irregulares”.
Isso porque a Esh Capital conseguiu na Justiça a anulação da emissão de debêntures pela construtora no valor de R$ 245 milhões. A operação implicou na suspensão temporária da compra de terrenos prevista nos recursos da transação, bem como a conversão da dívida em ações da empresa a serem entregues aos acionistas.
Na petição, a Esh afirma que a Wotan, grupo empresarial vendedor dos terrenos e subscritor das debêntures, também teria Nelson Tanure como controlador, assim como a Gafisa.
Além disso, a gestora quer destituir os membros tanto do conselho de administração quanto do conselho fiscal por quebra de deveres fiduciários. A Esh propõe ainda uma nova eleição para ambos os colegiados, em substituição aos atuais.
Por fim, o último tópico a ser abordado na assembleia é o cancelamento e a não homologação do aumento de capital social anunciado no dia 25 de novembro.