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Fleury (FLRY3): vendas desaceleram, mas margem sobe e lucro supera projeções no 3º trimestre

No período de julho a setembro, a empresa anotou lucro líquido de R$ 96,7 milhões, uma ligeira alta de 0,3%

Foto: Shutterstock

Com a diminuição da demanda para testes de Covid-19, a rede de laboratórios Fleury confirmou a expectativa do mercado e apresentou uma desaceleração do ritmo de expansão da receita no terceiro trimestre. A empresas surpreendeu, contudo, ao registrar números melhores que o esperado para a margem e o lucro líquido, resultado de custos menores.

No período de julho a setembro, a empresa anotou lucro líquido de R$ 96,7 milhões, uma ligeira alta de 0,3% em comparação a igual intervalo do ano passado e acima das projeções dos analistas de Santander (R$ 72 milhões), BTG Pactual (R$ 77 milhões) e Bank of America (R$ 82 milhões).

Diferentemente do que o mercado esperava, o Fleury conseguiu manter praticamente estável a sua margem como proporção do lucro operacional, a margem Ebitda (lucro antes de despesas com juros, impostos, depreciações e amortizações), que ficou em 29%, levemente abaixo dos 29,2% de igual período do ano passado.

Analistas do Santander, por exemplo, esperavam uma piora da margem Ebitda para 28,5%, motivada principalmente por pressões de inflação e aumento de custos com materiais para exames.

O próprio Ebitda recorrente, por sua vez, saltou 10,5% em um ano, para R$ 332,4 milhões, acima das projeções do BTG (R$ 321 milhões) e do Santander (R$ 330 milhões).

O que não surpreendeu os analistas foi a desaceleração da receita, causada principalmente pela redução dos testes de Covid-19, uma vez que a pandemia está sob controle no Brasil.

No terceiro trimestre, os testes de Covid-19 representaram apenas 1,5% dos exames, o menor patamar desde o início da pandemia, e quatro vezes menor que os 6% anotados em igual período do ano passado.

De julho a setembro, a receita líquida do Fleury somou R$ 1,147 bilhão, alta de 11,5% em relação a igual período do ano passado, bem próximo da expansão projetada por Santander (12%) e Bank of America (10,6%). No primeiro e no segundo trimestres deste ano, os avanços haviam sido superiores, de 22% e 19%.

Vale lembrar que a receita do Fleury também foi impulsionada por aquisições recentes feitas pela companhia, como a Retina Clinic (oftalmologia em São Paulo), o Méthodos Laboratório (análises clínicas no sul de Minas Gerais) e a Saha (infusões de medicamentos em São Paulo).

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Sem as aquisições, o Fleury teria apresentado uma expansão mais tímida na receita, de 6,3%, embora com a contribuição da abertura de novas unidades ao longo de 2022 – dez no total.

E sem o efeito da Covid-19, ou seja, excluindo da conta os testes feitos desde o início da pandemia, a empresa teria apresentado crescimento mais forte no terceiro trimestre, de 16,7% em relação a igual período do ano passado.

O retorno sobre o capital investido, por sua vez, caiu para 14,3% no terceiro trimestre, considerando os últimos 12 meses, abaixo dos 16,3% anotados nos 12 meses até o terceiro trimestre do ano passado.

 

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