O escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos disse na última sexta-feira, 20, que negociadores norte-americanos e chineses tiveram conversas “produtivas” em Washington. No entanto, não houve detalhes sobre o encontro, que teve o objetivo de melhorar o relacionamento comercial entre as duas nações, como aponta a Reuters.
Em um informe, o gabinete disse que “essas discussões foram produtivas, e os Estados Unidos esperam receber uma delegação da China para reuniões de alto nível em outubro”.
Em contrapartida, autoridades chinesas cancelaram uma visita a fazendas de Montana e Nebraska em meio à visita de dois dias em Washington na semana passada. Isso representa que um acordo comercial pode ter se distanciado entre as duas maiores economias do mundo.
Organizações agrícolas disseram à Reuters que representantes comerciais da China visitariam agricultores estadunidenses como um gesto de boa vontade, mas desistiram e voltaram ao país asiático antes do previsto.
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A desistência ocorreu depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que quer um acordo completo com os chineses, e não um que incluísse somente o agronegócio, informou o InfoMoney.
Está previsto uma reunião em outubro com os principais representantes comerciais de ambos os países. Entre eles, estão o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, o representante dos EUA, Robert Lighthizer e o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.
De acordo com a Reuters, especialistas em comércio, executivos e autoridades governamentais da China e dos EUA dizem que, mesmo que as negociações em setembro e outubro gerem acordos provisórios, a guerra comercial se tornou uma batalha política e ideológica que pode levar anos para ser resolvida.
Exportação
Importadores chineses compraram cerca de 10 cargas de soja dos Estados Unidos nesta segunda-feira. A quantidade representa 600.000 toneladas do produto agrícola, de acordo com dois comerciantes com conhecimento direto dos acordos.
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