Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

EUA: avanço dos republicanos no Congresso deve ser positivo para as Bolsas, diz Julius Baer

Vitória de republicanos ajudaria a limitar aumento de gastos, reduzindo o risco de alta das taxas dos Treasuries

Foto: Shutterstock/tokar

As eleições de meio de mandato que ocorrem nesta terça-feira (8) nos Estados Unidos podem ser positivas para as Bolsas americanas, aponta o banco suíço Julius Baer, em relatório.

Isso porque as pesquisas indicam que o partido Republicano, de perfil mais conservador e menos favorável ao aumento de gastos do governo, deve ficar com a maioria dos assentos na Câmara e no Senado. Todos as 435 vagas na Câmara dos Representantes dos EUA e 35 dos 100 assentos no Senado estarão em disputa.

Historicamente, os retornos dos mercados de ações tendem a ser maiores quando os democratas controlam a presidência e o Congresso fica dividido entre os dois partidos (Democrata e Republicano), ou quando os democratas controlam a presidência, mas os republicanos controlam o Congresso, diz a equipe do Julius Baer.

No caso atual, uma vitória dos republicanos limitaria o aumento de gastos pelo governo do presidente Joe Biden (Democrata), o que reduziria o risco de alta das taxas de juros dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), uma vez que surpresas desagradáveis ​​em relação à dívida pública dos EUA são menos prováveis ​​de ocorrer.

Qual o impacto das eleições nos EUA sobre as Bolsas?

Altas de juros são negativas para as ações, já que encarecem o custo dos investimentos para as empresas. Logo, um alívio nesses aumentos é positivo para o mercado de renda variável.

Se gastos menores significam uma inflação mais baixa, contudo, eles também podem limitar o incentivo ao crescimento econômico, aumentando o risco de uma desaceleração maior da economia americana, alerta o banco.

“O impacto direto na economia é limitado, a nosso ver. O impasse político esperado nos EUA, com o presidente democrata e seu governo enfrentando um Congresso dividido ou de maioria republicana, torna improváveis ​​programas de estímulo em larga escala no futuro”, aponta o Julius Baer.

Para o banco, a reação dos mercados ao resultado das eleições no EUA deve ser moderada, já que um avanço dos Republicanos no Congresso já é amplamente esperado pelos investidores. No médio prazo, contudo, isso tende a levar a retornos de ações mais altos, pois reduz a incerteza política.

O desempenho do mercado de ações nos próximos meses, contudo, deve ser determinado pela trajetória da inflação e da política monetária nos EUA, destaca o Julius Baer.

Ontem, o índice S&P 500 fechou em alta de 0,96% aos 3.806 pontos e o Nasdaq avançou 0,85% para 10.564 pontos.

O banco UBS prevê o S&P 500 em 3.200 pontos no segundo trimestre de 2023, o que implica queda de 16% em relação ao patamar atual, com uma recuperação para 3.900 pontos no fim do ano que vem.

O UBS está prevendo uma recessão nos EUA entre o segundo e o quarto trimestres de 2023, com o banco central americano podendo cortar a taxa básica de juros a partir do terceiro trimestre de 2023.

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.