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Eletrobras (ELET3): risco de novo governo reverter privatização é limitado, diz Itaú BBA

Por volta de 16h06, a ação ordinária operava em baixa de 0,88%, enquanto o papel preferencial tinha queda de 1,31%

Foto: Shutterstock/arturnichiporenko

Após a alteração na Lei das Estatais colocar em xeque a governança da Petrobras (PETR4;PETR3), o Itaú BBA vê chance limitada do novo governo tentar reverter a privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6).

Na avaliação dos analistas Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Karoline Correia, eventuais mudanças na Lei das Estatais não teriam implicações para a companhia. “A Eletrobras agora é uma empresa privada e uma verdadeira corporação, com o poder de voto de qualquer acionista limitado a 10%, incluindo do governo federal”.

É importante lembrar que, antes da privatização, que aconteceu em junho deste ano, a empresa foi muito utilizada em governos passados do PT como moeda de troca, principalmente em leilões de energia vazios, quando a Eletrobras se via na obrigação de participar, deixando sua situação financeira em frangalhos.

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Em relação à reversão da privatização, os analistas afirmam ser improvável, dado o ‘custo da pílula ser um veneno’. “O governo federal teria que fazer uma oferta pública para comprar todas as ações dos acionistas minoritários a 200%, prêmio sobre o preço mais alto da ação nos 504 pregões anteriores”.

Além disso, o BBA ressalta que a diretoria tem mandato até 2025, foi eleita por maioria e é protegida de tentativas de mudança na estratégia da empresa.

“Portanto, o governo federal eleito não tem poder de mudar a diretoria nos próximos anos. Terminado o mandato, haverá nova eleição, mas o governo participará da discussão da nova diretoria, com apenas 10% dos votos. Os acionistas minoritários terão, portanto, mais poder do que o governo para escolher a nova diretoria”, ressaltam os analistas.

Por outro lado, o maior risco para a Eletrobras, na visão do BBA, é como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) poderia analisar possíveis fusões e aquisições.

“Acreditamos que a Eletrobras enfrentará dificuldades para obter aprovação para grandes aquisições, dado seu poder de mercado. Dito isso, não vemos isso como um grande ponto negativo porque o foco deve estar no processo de reviravolta e não de crescimento. Vemos a Eletrobras como um player de dividendos no médio prazo”.

Ações

Apesar de tudo isso, o BBA vê neste momento uma oportunidade de compra, devido à queda recente dos papéis.

No curto prazo, porém, os analistas afirmam que há iniciativas no radar que podem mexer com as ações, como a contratação de executivos para a área de comercialização, eventual liquidação de contingências, venda de ativos e simplificação da estrutura societária, resultando em menor custo e maior agilidade na utilização do tributo.

Por volta de 16h06, a ação ordinária operava em baixa de 0,88%, a R$ 41,57, enquanto o papel preferencial tinha queda de 1,31%, a R$ 43,73.

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