Após um processo bem-sucedido de privatização, a Eletrobras (ELET3; ELET6) começa a se moldar aos novos tempos, depois da renúncia conjunta de conselheiros para uma nova formação do conselho de administração e a celebração de novos contratos de geração de energia elétrica em substituição aqueles que vigoravam antes da capitalização.
No que diz respeito ao conselho, nove membros anunciaram renúncia durante o fim de semana, do total de 11, sendo que uma vaga estava em aberta. O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, também apresentou carta para destituição do cargo de presidente do colegiado, mas permanece no comando executivo da companhia.
De acordo com comunicado enviado ao mercado no sábado (18), os conselheiros permanecerão no cargo até a posse dos novos integrantes, que deverão ser eleitos em assembleia geral extraordinária em data a ser definida.
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Os conselheiros ressaltaram que a iniciativa conjunta faz parte do novo momento que a Eletrobras terá daqui para frente, com novas oportunidades de investimento e de expansão de suas atividades, cabendo ao novo colegiado aprofundar e dar as efetivas contribuições à nova companhia.
O documento é assinado por Ruy Schneider, Rodrigo Limp, Marcelo de Siqueira Freitas, Bruno Eustáquio, Ana Carolina Tannuri Laferté Marinho, Jeronimo Antunes, Ana Silvia Corso Matte, Felipe Villela Dias e Daniel Alves Ferreira.
Acionistas com mais de 5% do capital
Depois da renúncia dos nove conselheiros, os acionistas da Eletrobras que representam mais de 5% do capital social da companhia solicitaram que, no edital da assembleia geral extraordinária que vai eleger os novos membros do colegiado, seja incluída a fixação do mandato unificado do conselho até a assembleia extraordinária que será realizada em 2025.
Para compor o conselho de administração, esses acionistas indicaram os nomes com vistas à eleição por titulares de ações ordinárias. Entre eles, estão Ivan de Souza Monteiro, Marcelo de Siqueira Freitas, Marcelo Gasparino e Marisete Fatima Dadald Pereira, todos com passagens por empresas do governo.
Para os acionistas de ações preferenciais, a indicação é de apenas de Pedro Batista de Lima Filho.
Geração de energia
Por fim, para sacramentar de vez a privatização, a Eletrobras e suas subsidiárias celebraram os novos contratos de concessão de geração de energia elétrica em substituição aos anteriores, conforme previsto no edital de capitalização.
Ao todo, 22 usinas de geração hidrelétrica tiveram os novos contratos assinados, como Mascarenhas de Moraes, Furnas, Estreito, Tucuruí, Coaracy Nunes, Sobradinho, Funil, Pedra, Paulo Afonso I, Paulo Afonso II, Paulo Afonso III e Paulo Afonso IV, dentre outras.