Eletrobras (ELET3) prevê R$ 48,3 bilhões em investimentos de 2022 a 2026

Empresa também indicou que pretende aumentar nível de governança no ano que vem, com entrada no Novo Mercado da B3

A Eletrobras prevê um total de R$ 48,3 bilhões em investimentos no período de 2022 a 2026. A maior parte dos recursos vai para ampliar a geração de energia elétrica (R$ 12,5 bilhões) e melhorar sistemas de transmissão (R$ 11,3 bilhões).

Os investimentos previstos para o ano que vem somam R$ 5,2 bilhões – valor bem menor que o estimado no final do ano passado, de R$ 10,1 bilhões. Este corte, porém, reflete a remoção da previsão de recursos para as usinas nucleares de Angra. Elas serão apartadas da Eletrobras por causa da privatização da companhia, que deve acontecer até abril.

Confira abaixo a tabela com as previsões:

Período Investimentos (R$ bi)
2022 5,230
2023 11,750
2024 12,795
2025 9,445
2026 9,114

A Eletrobras também divulgou uma série de metas não financeiras para o ano que vem, entre elas passar a integrar o grupo de empresas com o mais alto nível de governança da B3 – o chamado Novo Mercado.  A estatal pretende também elaborar um plano de expansão para a geração de energia de longo prazo – de 10 a 15 anos – com metas anuais e que variem de acordo com a tecnologia de geração, localização e maturidade dos projetos.

A Eletrobras também indicou que vai equacionar déficits nos fundos de previdência da companhia e reduzir custos com os benefícios de assistência à saúde dos funcionários.

A empresa também estuda vender imóveis que não estejam diretamente relacionados à geração ou transmissão de energia elétrica e negociar reduções de indenizações em processos judiciais.

Em outros pontos, o plano da Eletrobras se repete. A empresa reiterou que pretende continuar vendendo ou reorganizando as participações que possui em Sociedades de Propósito Específico (SPEs) e adotar medidas para aumentar a eficiência de seus ativos de geração e de transmissão de energia elétrica.

Por volta das 10h55, as ações da Eletrobras (ELET3) caíam R$ 3,05%, a R$ 32,79, acompanhando o movimento negativo do Ibovespa – que recuava 1,93%, aos 105.135 pontos – e a notícia de que o BNDES adiou de dezembro para janeiro a audiência sobre a privatização da companhia.

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