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Dez dias após anunciar interrupção, Prio (PRIO3) retoma produção no Campo de Frade

Em julho, a empresa extraiu 28,5 mil barris de óleo equivalente por dia do campo, o equivalente a 61% de sua produção diária

Foto: Shutterstock

Dez dias após anunciar a interrupção temporária no Campo do Frade devido a uma avaria em uma linha de gás, a Prio (PRIO3), antiga PetroRio, anunciou a retomada da produção no campo na noite desta quinta-feira (25).

No último dia 15 de agosto, data de anúncio da interrupção, a companhia informou que o motivo seria “uma avaria na linha de gás inerte do FPSO [navio-plataforma para a produção de armazenamento de petróleo e gás natural]”, e que a retomada das atividades deveria levar entre cinco e sete dias.

A projeção era que, com a interrupção, a empresa poderia deixar de produzir entre 142 mil e 200 mil barris de petróleo em agosto.

O Campo de Frade, no litoral do Rio de Janeiro, é responsável pela maior parte da produção da Prio. Em julho, a empresa extraiu 28,5 mil barris de óleo equivalente por dia da região, o equivalente a 61% de sua produção diária.

As ações da Prio fecharam o pregão desta quinta-feira em alta de 1,58%, a R$ 26,39, a despeito da desvalorização de 1,87% do petróleo tipo Brent.

Semana movimentada

Os últimos dias têm sido movimentados para a petrolífera. Ontem, a companhia anunciou que captou R$ 2 bilhões em dívidas, por meio de sua primeira emissão de debêntures.

Do total captado, R$ 1,5 bilhão serão investidos no plano de desenvolvimento do Campo de Frade, enquanto o restante será destinado a outros investimentos corporativos, de acordo com o CFO da companhia, Milton Rangel, em comunicado à imprensa na noite de ontem, sem entrar em mais detalhes.

A captação, por sua vez, ocorre quando a empresa avalia a possibilidade de comprar a Dommo Energia (DMMO3), antiga OGX.

No último domingo (21), uma matéria publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, afirmou que a Prio iria comprar a Dommo Energia. A operação, diz o artigo, dependeria apenas da liberação de créditos tributários da Prio pela Receita Federal.

Os rumores sobre uma possível união entre as duas petroleiras já circulam nos mercados pelo menos desde abril, quando uma matéria publicada pelo jornal Valor Econômico afirmou que a Prio seria uma das cinco interessadas nos ativos restantes da Dommo.

Assim, na terça-feira (23), após ser questionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Prio confirmou que avalia a aquisição, mas que nenhuma decisão foi tomada.

Um dos poucos ativos no portfólio da Dommo é uma participação de 20% na concessão do campo produtor de petróleo de Tubarão Martelo, cuja fatia restante (80%) pertence à Prio. Justamente por isso, segundo o comunicado, “é natural que a Prio análise essa potencial oportunidade de negócio”.

A companhia afirmou, no entanto, que neste momento não existe qualquer documento vinculante ou decisão tomada que possa confirmar a operação. Além disso, a Prio comunicou que tem buscado “opções estratégicas” em seu setor de atuação e que avalia continuamente “oportunidades de investimento em linha com sua estratégia de crescimento inorgânico”.

A Dommo era controlada pelo empresário Eike Batista e chegou à Bolsa brasileira em 2008. No entanto, sem produzir quase nada do que prometia, entrou em recuperação judicial em 2013. O processo até chegou a ser encerrado em 2017, mas a empresa não conseguiu se reerguer.

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