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Enquanto avalia comprar Dommo (DMMO3), Prio (PRIO3) capta R$ 2 bilhões em dívidas – veja para quê

Do total captado, R$ 1,5 bilhão serão investidos no plano de desenvolvimento do Campo de Frade

Foto: Shutterstock

A petrolífera Prio (PRIO3), antiga PetroRio, anunciou nesta quarta-feira (24) que captou R$ 2 bilhões em dívidas, por meio da primeira emissão de debêntures da companhia.

Do total captado, R$ 1,5 bilhão serão investidos no plano de desenvolvimento do Campo de Frade, enquanto o restante será destinado a outros investimentos corporativos, de acordo com o CFO da companhia, Milton Rangel, em comunicado à imprensa na noite de hoje, sem entrar em mais detalhes.

As debêntures são títulos de dívida corporativa. Basicamente, quem compra uma debênture está emprestando dinheiro para uma empresa, que assume o compromisso de pagar o empréstimo em determinado vencimento, com um juro previamente acordado.

O interesse da empresa ao emitir debêntures está em reforçar o caixa para usar o dinheiro para algum fim, que pode ser, por exemplo, um investimento em expansão.

Dos R$ 2 bilhões captados, foram R$ 1,5 bilhão de debêntures emitidas na primeira série, com vencimento em agosto de 2032 (com uma remuneração para o credor de IPCA+7,41% ao ano), e R$ 500 milhões em debêntures de segunda série, com vencimento em agosto de 2027 (com remuneração de 100% do CDI +2,05% ao ano).

De acordo com o CFO, a oferta teve forte demanda de assets, bancos e fundos de renda fixa, que alocaram R$ 1,4 bilhão, enquanto o restante veio do BTG Pactual e do Santander.

Rumores de aquisição

A captação da Prio ocorre enquanto a empresa avalia a possibilidade de comprar a Dommo Energia (DMMO3), antiga OGX.

No último domingo (21), uma matéria publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, afirmou que a Prio iria comprar a Dommo Energia (DMMO3). A operação, diz o artigo, dependeria apenas da liberação de créditos tributários da Prio pela Receita Federal.

Os rumores sobre uma possível união entre as duas petroleiras já circulam nos mercados pelo menos desde abril, quando uma matéria publicada pelo jornal Valor Econômico afirmou que a Prio seria uma das cinco interessadas nos ativos restantes da Dommo.

Assim, na terça-feira (23), após ser questionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Prio confirmou que avalia a aquisição, mas que nenhuma decisão foi tomada.

Um dos poucos ativos no portfólio da Dommo é uma participação de 20% na concessão do campo produtor de petróleo de Tubarão Martelo, cuja fatia restante (80%) pertence à Prio. Justamente por isso, segundo o comunicado, “é natural que a Prio analise essa potencial oportunidade de negócio”.

A companhia afirmou, no entanto, que neste momento não existe qualquer documento vinculante ou decisão tomada que possa confirmar a operação. Além disso, a Prio comunicou que tem buscado “opções estratégicas” em seu setor de atuação e que avalia continuamente “oportunidades de investimento em linha com sua estratégia de crescimento inorgânico”.

A Dommo era controlada pelo empresário Eike Batista e chegou à Bolsa brasileira em 2008. No entanto, sem produzir quase nada do que prometia, entrou em recuperação judicial em 2013. O processo até chegou a ser encerrado em 2017, mas a empresa não conseguiu se reerguer.

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