Copel (CPLE6) sofre com efeito negativo de R$ 1,2 bilhão em impostos e deixa lucro para trás

Companhia registrou prejuízo líquido de R$ 522,4 milhões no segundo trimestre deste ano.

Divulgação/Copel

A Copel (CPLE6) foi bastante afetada negativamente por pagamentos de PIS e Cofins no segundo trimestre, de acordo com o balanço da companhia divulgado na terça-feira (10).

Com isso, a estatal de energia paranaense reverteu o lucro líquido de R$ 1 bilhão, apresentado no intervalo de abril a junho de 2021, em prejuízo líquido de R$ 522,4 milhões no mesmo período deste ano.

Se não houvesse a provisão para o pagamento, que custou R$ 1,2 bilhão à empresa, a lucratividade da Copel no período teria sido de R$ 666,6 milhões, destacou a empresa.

Com isso, alguns agentes do mercado podem ter se surpreendido com o número apresentado. O BTG Pactual, por exemplo, esperava um lucro líquido de R$ 475 milhões, enquanto a XP previa o montante de R$ 463 milhões e o Itaú BBA, R$ 567 milhões.

A receita operacional líquida da Copel atingiu R$ 5,25 bilhões no segundo trimestre, valor 3,1% menor que os R$ 5,42 bilhões registrados no mesmo período anterior.

De acordo com a companhia, esse resultado é reflexo de uma redução de R$ 274 milhões com suprimento de energia elétrica, além de R$ 205 milhões a menos na receita de “disponibilidade de receita elétrica”. Além disso, a Copel citou um recuo de R$ 76,6 milhões no “resultado de ativos e passivos financeiros setoriais”.

Destaques Copel 2t22
Arte: Rachel Santos/TradeMap

A receita veio acima das expectativas do Itaú BBA e da XP, que projetavam, respectivamente, R$ 3,93 bilhões e R$ 5,05 bilhões. Já o BTG Pactual esperava R$ 5,49 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 1,49 bilhão no segundo trimestre, um avanço de 9,4% em relação aos R$ 1,37 bilhão registrados de abril a junho de 2021.

A Copel vê essa alta causada por um melhor desempenho das subsidiárias Copel GeT e Elejor no resultado da compra e venda de energia, devido a um “cenário hidrológico mais favorável no período”.

Geração, transmissão e distribuição da Copel

No segmento de geração de energia, a Copel, que possui um parque diversificado com usinas hidrelétricas, eólicas e térmicas, encerrou o período com 6.616,3 megawatts (MW) de potência instalada e 3.116,8 MW médios de garantia física. Ao todo, a Copel gerou 5896 gigawatts (GW) no segundo trimestre de 2022, um recuo diante dos 7023 GW gerados no mesmo período em 2021.

Na distribuição, a Copel teve um Ebitda ajustado de R$ 337,1 milhões, um recuo de 10,6% na comparação anual. Ao todo, a empresa distribuiu 169 GW.

“Esta redução deve-se, principalmente, ao aumento dos custos com material, serviços e outros custos operacionais. Apesar disso, reduzimos os custos com pessoal e administradores e [observamos] crescimento do mercado-fio no período”, afirma a empresa.

No documento, a Copel destaca que mercado-fio da companhia é “composto pelo mercado cativo, pelo suprimento a concessionárias e permissionárias no Paraná e pela totalidade dos consumidores livres na área de concessão da empresa.”

Refinitiv Copel
Arte: Rachel Santos/TradeMap

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