Ibovespa recua com incertezas sobre tarifas dos EUA e resposta brasileira

Foto: Shutterstock/Immersion Imagery

Nesta quinta-feira (24), o Ibovespa iniciou o pregão com queda de 0,89%, aos 134.160 pontos. O movimento reflete a tensão crescente entre Brasil e Estados Unidos, diante da iminente imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para 1º de agosto. No cenário externo, o otimismo com novos acordos comerciais firmados por Washington ameniza o clima de incerteza global, enquanto investidores aguardam os próximos passos do governo brasileiro.

As atenções seguem voltadas para a resposta do Brasil à ofensiva tarifária de Donald Trump. Em nova declaração, o presidente norte-americano voltou a dizer que alguns países que não mantêm boas relações com os EUA pagarão a tarifa máxima, citando indiretamente o Brasil, até agora o único com alíquota oficialmente anunciada. Apesar da ausência de uma linha direta de negociação entre Brasília e Washington, o ministro Fernando Haddad afirmou que ainda há margem para diálogo até o prazo final.

Enquanto isso, a União Europeia e a China seguem em tratativas, após o Japão fechar um acordo com os EUA que reduziu sua tarifa para 15%. A ameaça tarifária representa forte risco para setores estratégicos da economia brasileira. O setor de suco de laranja, por exemplo, exporta 42% da produção para os EUA, e projeta perdas bilionárias com a tarifa. Fábricas avaliam paralisações e produtores falam até em abandonar colheitas se o cenário não for revertido.

Nos mercados internacionais, o avanço das negociações comerciais trouxe algum alívio. Acordos com o Japão e avanços com a Europa contribuíram para o bom humor nas bolsas globais. O petróleo opera em alta, impulsionado por expectativas de recuperação econômica e pela queda inesperada nos estoques americanos. Já o minério de ferro caiu na China, pressionado por estoques elevados e aumento da oferta, incluindo produção da Vale.

Com a contagem regressiva para o início das tarifas, o mercado brasileiro entra em um momento decisivo. A falta de clareza sobre a estratégia diplomática e comercial do governo brasileiro aumenta a pressão sobre os ativos locais. 

Por volta das 10h24, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

 

Altas

 

  • Braskem (BRKM5): +1,44%

 

  • Gerdau (GGBR4): +0,35%

 

  • Brava Energia (BRAV3): +0,10%

 

 

Baixas

 

  • Cyrela (CYRE3): -3,35%

 

  • Smart Fit (SMFT3): -2,87%

 

  • Magalu (MGLU3): -2,56%

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