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Consórcio de operadoras marca conclusão da compra da Oi (OIBR3) para 20 de abril

Venda dos ativos de telefonia móvel da operadora para a Vivo, TIM e Claro é parte do projeto da busca de equilíbrio da companhia

Foto: Shutterstock

Na manhã desta quarta-feira (13), a TIM (TIMS3), a Telefônica (VIVT3) e a Claro entregaram à Oi Móvel, subsidiária da Oi (OIBR3) a notificação de fechamento do processo de aquisição dos ativos móveis da empresa. Com isso, parece ter chegado ao final o imbróglio que se arrasta desde o final do ano passado.

Segundo a Oi, as partes marcaram a data de fechamento da operação no dia 20 de abril. Na ocasião, a empresa fará uma oferta pública para aquisição, em dinheiro, dos seus títulos de dívida emitidos. Na prática, a companhia arcaria com suas despesas.

A venda dos ativos de telefonia móvel da Oi para as três teles foi formalizada em dezembro de 2020 como parte do projeto de equilibrar as contas da companhia, que está em recuperação judicial desde 2016. Os ativos foram avaliados em R$ 16,5 bilhões.

Neste ano, a operação foi aprovada tanto pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) quanto pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), mesmo depois de o Ministério Público Federal se mostrar reticente em relação aos negócios.

Em comunicado divulgado nesta quarta, a TIM afirmou que, com a conclusão da transação, “ficará definido um novo equilíbrio de infraestrutura entre as três principais concorrentes do setor, mantendo um alto grau de rivalidade setorial, trazendo benefícios amplos aos consumidores”.

A Telefônica afirmou que o processo é benéfico aos acionistas, pois a incorporação dos ativos ajudará a empresa a acelerar seu crescimento e promover mais eficiência nos serviços.

“A transação também gera benefícios para os clientes em decorrência da melhoria na experiência de uso e qualidade do serviço prestado. O setor como um todo também irá se beneficiar em razão do reforço na capacidade de investimento, inovação tecnológica e competitividade”, disse a companhia.

Além de reduzir a própria dívida, a Oi usará os recursos para aumentar a otimização dos negócios, como prometido no plano de recuperação judicial. O ajuste nas contas da empresa é essencial para que a operação seja sustentável daqui para frente.

Veja análise sobre o caso:
Oi (OIBR3): mais um passo rumo ao fim da recuperação judicial; o que vem pela frente?

Segundo a agência de classificação de risco Fitch Ratings, a venda dos ativos de telefonia móvel da Oi para as três grandes empresas de telecomunicações do Brasil deve melhorar a lucratividade do setor como um todo, ao reduzir a concorrência e cortar despesas com campanhas para captar clientes.

A TIM, porém, deve ser a grande vencedora do processo, destaca a agência. “O perfil de negócios da TIM vai ser mais beneficiado que o da Telefônica e o da Claro, porque a aquisição vai elevar a sua capacidade de espectro e a parcela de assinantes em relação às concorrentes”, disse a Fitch em relatório publicado no dia 15 de fevereiro, logo após a operação estar aprovada por todos os órgãos competentes.

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