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Cogna (COGN3) diminui prejuízo e vê Kroton mais próxima de ponto de virada

Perdas foram 61,3% menores do que as registradas no mesmo período de 2021

Foto: Shutterstock

A Cogna (COGN3) reportou prejuízo líquido de R$ 13,07 milhões no primeiro trimestre do ano, uma perda 61,3% menor na comparação anual. Já o lucro líquido ajustado, que engloba amortização de intangível e mais-valia de estoque, subiu 58,7% na base anual e somou R$ 55,292 milhões.

De acordo com a empresa, no relatório de resultados publicado na noite desta quinta-feira (12), a elevação na taxa Selic teve impacto relevante sobre diversas linhas do resultado financeiro, pressionando o resultado final.

No trimestre, a receita líquida totalizou R$ 1,176 bilhão, uma alta de 6,4% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. A expansão, segundo a Cogna, reflete principalmente o resultado positivo de sua subsidiária Vasta, que teve alta de 35,5% na receita.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 428,6 milhões, 27,2% superior ao mesmo período de 2021. O Ebitda recorrente, por sua vez, foi de R$ 401,6 milhões no trimestre, alta de 23,9% na comparação anual.

A provisão para créditos de liquidação duvidosa caiu 37,6% no trimestre, para R$ 101,4 milhões ante o mesmo intervalo do ano anterior. Já as despesas operacionais da empresa totalizaram R$ 225 milhões, uma alta de 14,6% na mesma base de comparação.

Nessa linha, a companhia destaca a redução de 8,8% nas despesas corporativas, mesmo com a escalada da inflação. “Com esse resultado, fortalecemos a mensagem que grande parte dos esforços realizados em 2020 e 2021 para acomodar a redução de receitas tem caráter permanente”, diz o relatório.

Kroton

Em termos operacionais, a base de alunos de graduação da subsidiária Kroton, a maior do grupo, subiu 7,5% no ensino superior presencial em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para 371,2 mil. No ensino a distância (EAD), houve alta de 13,8% no trimestre, para 657,353 mil alunos.

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No segmento de pós-graduação, houve alta de 11,4% para 1,028 milhão.

Ao final do primeiro trimestre, a Kroton contava com 1,088 milhão de alunos no ensino superior (graduação e pós-graduação), considerando as modalidades presencial e EAD, o que representa um aumento de 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Cogna, aliás, acredita que a Kroton está “cada vez mais próxima” do seu turning point” na receita — ou seja, deixar de ver o faturamento cair para começar a apresentar crescimento.

A companhia ressalta que as reduções de receita seguem perdendo velocidade a cada trimestre. No primeiro trimestre do ano passado, recuou 19,2%. No quarto trimestre do ano passado, teve baixa menor, de 9,9%. E, neste primeiro trimestre de 2022, a contração foi ainda mais tímida, de 4,9%.

“Isso demonstra que a receita de Kroton está avançando em direção ao um turning point previsto para 2023″, afirma a companhia, no balanço.

A receita da Cogna tem caído ainda como resquício dos períodos mais duros da pandemia. Como o ensino presencial teve de ser suspenso, a companhia viu o faturamento despencar, uma vez que o ensino a distância cobra mensalidades mais baratas.

Ainda que a pandemia tenha arrefecido, o EAD tende a continuar crescendo em participação, por opção da empresa, que pretende apostar mais no modelo. Com o passar do tempo, o efeito estatístico da redução do presencial vai ficando para trás e, a partir do ano que vem, o faturamento da Kroton deve voltar a crescer, espera a Cogna.

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