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CCR (CCRO3) foca em infraestrutura e vende Samm por R$ 245 milhões

Alavancagem financeira da companhia está na ordem de 1,6 vez, patamar considerado prudencial

Foto: Shutterstock/rafapress

A CCR (CCRO3) anunciou, na noite da última terça-feira (27), a venda da Samm (Sociedade de Atividade Multimídia). A companhia irá alienar sua participação de 100% no capital social da empresa por R$ 245 milhões.

O valor será pago pela Luna Fibra. O montante acordado entre a compradora e a CCR está sujeito à verificação, incluindo às aprovações regulatórias. 

A Samm é uma prestadora de serviços de comunicação multimídia, que tem como objetivo a prestação de serviços de transmissão de dados em alta capacidade.

A empresa atua em 161 municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná. Sua rede backbone (esquema de ligações centrais a um sistema de redes) abrange mais de 4.899 quilômetros de fibras ópticas subterrâneas e 2.021 quilômetros de acesso óptico em rede urbana.

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Segundo a CCR, a transação faz parte da estratégia de sua revisão do portfólio e alocação de capital. A empresa tem preferido manter-se investida em ativos ligados à infraestrutura brasileira, com desenvolvimento socioeconômico e ambiental das regiões onde atua.

Atualmente, a companhia detém 11 concessões de rodovias, seis negócios ligados à mobilidade urbana e sete fatias relevantes ou controladoras de aeroportos. Além da Samm, há outra empresa fora do escopo central: a GBS, de serviços de engenharia. 

A alavancagem financeira da CCR, dada pela relação entre dívida líquida e Ebitda, está na ordem de 1,6 vez, patamar considerado prudencial, ainda mais se considerado que a dívida líquida está em leve trajetória de queda desde o quarto trimestre de 2021. 

Entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022, o montante em caixa da empresa cresceu 63,2%, para R$ 6,3 bilhões, o que a deixa confortável, principalmente pelo fato de que mais de 90% da dívida estão em reais e alocados no longo prazo. 

O negócio anunciado está relacionado à estratégia da CCR em se tornar mais eficiente na alocação de capital e em eventuais novas concessões, focando em seu core business.

Os ativos core da companhia são um dos motivos pelos quais fizeram com que a Itaúsa (ITSA4) investisse R$ 2,9 bilhões por 10,3% da companhia neste ano, já tendo indicado dois integrantes ao conselho de administração.

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