A varejista C&A pediu aval da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3. De acordo com o prospecto preliminar, os recursos da tranche primária – dinheiro levantado para o caixa da companhia – serão usados para pagamento de empréstimos intracompany e para expansão orgânica.
O documento arquivado pelo órgão regulador revela que a C&A pretende expandir suas lojas e detecta 159 possíveis lugares de abertura. A varejista também tem a intenção de melhorar sua plataforma de comércio online e as ofertas de produtos financeiros, além de abrir mais um centro de distribuição e buscar aquisições.
De acordo com o prospecto, a listagem será no Novo Mercado – segmento de maior exigência de governança corporativa da bolsa brasileira. Não foi informado no documento a quantidade de ações que serão ofertadas, assim como o cronograma da operação.
Segundo a Reuters, a oferta será primária e secundária, com recursos direto para o caixa da empresa e levantamento de capital para os acionistas vendedores Cofra Investments e a Incas, respectivamente.
Os bancos coordenadores da oferta serão o Morgan Stanley, Bradesco BBI, BTG Pactual, Santander, Citi e XP Investimentos.
IPO secreto é permitido?
O “IPO secreto” é uma alternativa da companhia, aberto este ano pela CVM com base no mercado dos EUA, em que já é permitido a confidencialidade desde 2011.
O pedido da C&A à CVM para manter a oferta em tratamento sigiloso foi parcialmente atendido.
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