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BTG enxerga mais desafios para varejistas em 2023; veja onde o risco pode ser maior

Banco ressalta aumento dos custos financeiros e inflação ainda pressionada como entraves ao setor

Foto: Shutterstock/CactusStudio

Após bons resultados no segundo e terceiro trimestres do ano passado, as varejistas listadas na Bolsa devem reportar números menores no balanço do último trimestre. E o cenário para a maioria delas não deve diferir em 2023, com o mercado impactado pela instabilidade que se avizinha para a economia brasileira.

Esta é a opinião dos analistas do BTG Pactual, segundo relatório sobre o setor publicado nesta sexta-feira, 20.

Pelo lado da oferta de produtos, o pessimismo fundamenta-se no aumento dos custos financeiros das empresas.

Já na demanda, o cenário é desafiador devido à inflação, que, apesar de mostrar desaceleração, ainda pressiona o consumo das famílias.

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“Nós permanecemos conservadores em exposição ao setor de varejo, com um mix preferencial de empresas expostas à reabertura da economia, mas com algum poder de precificação, proteção contra a inflação e sólida dinâmica”, informaram os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Victor Rogatis.

Online e vestuário têm mais dificuldades

O banco aponta maiores desafios para as varejistas focadas no comércio online, apesar de enxergar melhorias no setor.

Para a Via (VIIA4), é esperado uma queda do volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês), de 4% no quarto trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Já para a Magazine Luiza (MGLU3), a previsão é mais otimista, com uma alta de 15% na base anual, enquanto a Méliuz (MELI3) deve avançar 19%.

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“No lado do comércio eletrônico, as preocupações (e a volatilidade) permanecem semelhantes aos trimestres anteriores, e resultados recentes sustentaram o viés negativo do segmento no curto prazo, apesar de uma bem-vinda melhoria de margem”, apontam os analistas.

No setor de vestuário e comércio, o BTG Pactual prevê a desaceleração da Lojas Renner (LREN3), com alta de 3% no quatro trimestre, em comparação aos três últimos meses de 2021, além de queda na margem Ebitda.

Neste segmento, o time do banco, vê melhor desempenho em companhias voltadas ao público com maior poder aquisitivo. Para a Arezzo (ARZZ3), é esperado um aumento de receita em 20%, enquanto o Grupo Soma (SOMA3) deve subir 10%, ambas na base anual.

Mercados e farmácias devem performar melhor

A despeito da visão conservadora para todo o setor, o BTG Pactual apontou boas oportunidades nas empresas focadas no ramo de alimentos e fármacos.

Com base nas vendas “mesmas lojas” (SSS, na sigla em inglês) – que compara as vendas realizadas no mesmo número de lojas existentes em período anterior – os analistas estimam alta de 10% no quatro trimestre, com base anual, para o Assaí (ASAI3), enquanto Carrefour (CRFB3) em alta de 11%.

No setor de farmácias, a Raia Drogasil (RADL3) prevê um aumento de 14% em SSS, enquanto Panvel (PNVL3) deve apresentar soma de 16%, estima o banco.

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