Com a recuperação da atividade do mercado de capitais e o contínuo crescimento de sua carteira de crédito, o BTG Pactual (BPAC11) deve continuar entregando bons resultados, mas a valorização recente das ações, que as tornou mais caras do que as de concorrentes, deixa pouco espaço para alta, diz a XP Investimentos.
Diante disso, mesmo esperando que os resultados do banco continuem sólidos, Renan Manda e Matheus Guimarães, analistas da XP, iniciaram a cobertura da ação com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 30, o que corresponde a alta de 18% em relação ao valor do papel no fechamento da última sexta-feira (23), de R$ 25,39.
“A falta de gatilhos de curto prazo e o limitado potencial de valorização após o desempenho robusto nos impede de ser mais positivos”, afirmam os analistas, em relatório publicado no último domingo (25).
A redução nas taxas de juros, que deve começar em meados de 2023, na visão da XP, deve jogar a favor do BTG no médio prazo. No curto prazo, porém, o mercado de capitais deve seguir pressionado e, após o forte desempenho das ações neste ano, a avaliação da corretora é que os papéis já precificam essa melhora de cenário.
Leia mais:
Vale investir no BTG Pactual (BPAC11) com bancões ganhando rentabilidade? Veja o que diz o Itaú BBA
De uma maneira geral, os analistas da XP destacam, como pontos positivos do BTG, o posicionamento premium de marca, que atua como um diferencial com os clientes; o profundo conhecimento do mercado brasileiro; o crescimento autossustentável, com as diferentes áreas do banco se sustentando; o modelo de parternship, que permite que todos os funcionários se concentrem em gerar valor; e a estrutura enxuta.
Por outro lado, os maiores riscos para a tese de investimento, segundo a corretora, são o risco reputacional; a desaceleração da economia; um ambiente competitivo mais feroz; mudanças regulatórias; e impactos de aumento de provisões, passivos atuariais ou redução do valor justo dos ativos sobre o índice de basileia.