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Bolsonaro decide demitir Silva e Luna da presidência da Petrobras (PETR4), diz revista

Se confirmada, saída do general ocorreria um ano depois de nomeação

Foto: Shutterstock

O presidente Jair Bolsonaro teria optado por retirar o general Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras (PETR4), de acordo com reportagem do portal da revista Veja, que afirma que o anúncio deverá ser feito nas próximas horas.

Segundo uma fonte do governo, diz a matéria, Silva e Luna já teria sido avisado da decisão. O general foi indicado pelo próprio Bolsonaro para substituir Roberto Castello Branco na presidência da Petrobras há um ano.

A revista afirma ainda que o principal candidato para assumir a cadeira de Silva e Luna seria Adriano Pires, atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Pires atua também como consultor de empresas privadas no setor de energia, petróleo, gás e biocombustíveis.

Petrobras x Governo

A troca, se confirmada, ocorreria em um contexto de tensão entre a empresa e o governo.

Tudo começou quando a Petrobras anunciou, no dia 10 de março, que aumentaria os preços de venda de gasolina e do diesel, após 57 dias sem realizar reajustes. O valor do litro da gasolina subiu 18,8%, para R$ 3,86, enquanto o do diesel passou a R$ 4,51 – um aumento de 24,9%.

Em nota na ocasião, a Petrobras afirmou que o aumento de preços iria no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já haviam promovido reajustes nos seus preços de venda. A empresa também disse que o reajuste foi necessário diante do aumento nos preços do petróleo e “para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”.

Apesar de terem desacelerado nos últimos dias, os preços do petróleo, que já vinham em alta, dispararam desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em meio ao receio de restrição de oferta com possíveis sanções ao petróleo russo.

A Petrobras já vinha sendo pressionada pelo mercado a rever seus preços, uma vez que sua política prevê que a companhia venda os combustíveis no mercado interno por um preço maior do que o registrado nos mercados internacionais.

O governo, porém, não ficou feliz com a notícia e passou a questionar a decisão da estatal. O receio era sobre o impacto que os preços mais altos teriam sobre a inflação, que segue em níveis elevados e pode forçar o Banco Central a aumentar a taxa básica de juros (Selic) para níveis mais altos do que os previstos até então.

História se repete

A batalha entre Bolsonaro e o comando da Petrobras não é nova – assim como a substituição da presidência da estatal.

Em fevereiro de 2021, foi a vez de Roberto Castello Branco deixar a cadeira, também em meio à insatisfação do governo com a política de preços da companhia.

Na ocasião, Bolsonaro chegou a afirmar que a gestão de Castello Branco visava unicamente a geração de lucro e que não era transparente com a política de preços.

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