Bolsas gringas caem antes do payroll e fala de Lula sobre o BC – veja o que importa hoje

Investidores ainda acompanham a pesquisa industrial mensal de dezembro, que será divulgada pelo IBGE

Foto: Shutterstock/Immersion Imagery

Após fecharem em alta expressiva ontem, as bolsas gringas operam em queda na manhã desta sexta-feira (3), influenciadas pelos resultados ruins apresentados ontem pelas big techs e à espera de dados de janeiro sobre o mercado de trabalho americano, o payroll.

Tanto a Apple (AAPL34) quanto a Alphabet (GOGL34) informaram balanços piores do que o projetado por analistas, o que levou à queda das ações das empresas de tecnologia no after market. Por volta das 7h55, os índices futuros americanos operavam em queda, com o Nasdaq tombando 1,51%, o S&P 500 recuando 0,81% e o Dow Jones perdendo 0,33%.

O payroll será divulgado às 10h30 pela secretaria de estatísticas trabalhistas americana (BLS), e deve mostrar a criação de 190 mil vagas no mês passado e alta de 0,3% nos ganhos médios por hora.

Se os números mostrarem um mercado de trabalho mais aquecido do que o imaginado, o mercado deve reagir mal, antecipando a necessidade de juros mais altos.

Nesta semana, discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, foi bem visto pelos investidores, que viram sinais de que a economia dos Estados Unidos pode perder força de forma gradativa (o chamado pouso suave).

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Fala de Lula sobre o BC e indústria em dezembro

Por aqui, os investidores repercutem uma nova fala polêmica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a autonomia do Banco Central, além de dados do desempenho da indústria em dezembro, que serão informados às 9h pelo IBGE.

Em entrevista à RedeTV, Lula deu a entender que pode tentar rever a autonomia do BC quando terminar o mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto.

“Quero saber do que serviu a independência. Eu vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele para a gente fazer uma avaliação do que significou o banco central independente”, disse o presidente.

Quando foi perguntado se poderia haver mudança na autonomia da instituição – o que é defendido por uma ala do PT – Lula afirmou que isso é “irrelevante”. “Eu acho que pode, mas… quero dizer que isso é irrelevante para mim. Isso é irrelevante, isso não está na minha pauta. O que está na pauta é a questão da taxa de juro”, disse.

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Na última quarta-feira, o Banco Central decidiu manter a taxa de juros em 13,75% ao ano, ao mesmo tempo em que indicou que a Selic permanecerá nesse patamar até 2024.

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