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Bolsa ignora EUA e tenta se manter no positivo, ancorada em commodities; BRF (BRFS3) dispara

Por volta de 13h25, o principal índice da B3 subia 0,33%, aos 99.359 pontos

Foto: Shutterstock

O Ibovespa tenta se manter no campo positivo no último pregão da semana, com o impulso de Vale (VALE3) e siderúrgicas, ao mesmo tempo em que tenta se descolar do movimento negativo de parte das bolsas dos Estados Unidos.

Por volta de 13h25, o principal índice da B3 subia 0,33%, aos 99.359 pontos. Apesar de a Vale ajudar a manter o Ibovespa no campo positivo – já que tem cerca de 15% de todas as negociações, a maior alta no pregão fica por conta de BRF (BRFS3), que avançava 5,66%.

De acordo com informações da Reuters, o frigorífico conseguiu a reabilitação de uma unidade localizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para exportar frango à região. A planta da empresa estava suspensa desde 2019 após uma auditoria.

Na sequência das altas, a Weg (WEGE3) recuperava parte das perdas dos últimos  dias e subia 3%, após o balanço do segundo trimestre do ano mostrar um avanço nos custos. Ontem, o papel da companhia do setor de bens de capital encerrou a sessão em queda de 2,54%.

O restante das maiores altas ficava com as mineradoras e siderúrgicas. Victor Miranda, sócio da One Investimentos, as altas acontecem por uma recuperação do preço de algumas commodities, principalmente do minério de ferro no mercado internacional.

Na Bolsa de Dalian, o preço da tonelada da commodity avançou 3,57%, sendo avaliado a 681,00 iuanes, o equivalente a US$ 100,64. Com isso, a Vale tinha alta de 2%, a CSN (CSNA3) avançava 2,21%, a Gerdau (GGBR4) ganhava 1,59% e a Gerdau Metalurgia (GOAU4) subia 1,42%.

“Estamos vendo no dia uma boa movimentação ligada à China, com preços se recuperando na expectativa de retomada pós-lockdowns no país”, diz Miranda.

IRB lidera quedas da Bolsa

As ações da resseguradora IRB Brasil (IRBR3) lideravam as perdas do Ibovespa no pregão desta sexta-feira (22), caindo 6,42%, depois de a companhia reportar prejuízo de R$ 273,1 milhões em maio, uma piora em relação ao lucro de R$ 7,5 milhões anotado no mesmo mês do ano passado.

Veja mais:

IRB (IRBR3) lidera perdas da Bolsa após mostrar prejuízo em maio e alta sinistralidade

Para o período entre janeiro e maio, o prejuízo acumulado da IRB é de R$ 285,3 milhões, ante lucro de R$ 9,4 milhões no mesmo período de 2021, de acordo dados financeiros divulgados pela companhia na quinta-feira (21).

Na sequência, a Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4) recuavam, respectivamente, 4,38% e 3,66%. Dentro do setor, a Embraer desvalorizava 2,17%. Para o sócio da One Investimentos, a queda unificada do setor é uma resposta ao balanço da American Airlines.

Mesmo trazendo lucro de US$ 476 milhões no período, sendo 25 vezes maior que na comparação anual, e um aumento de 79,5% na receita no segundo trimestre, os custos aumentaram de forma intensa.

Os custos operacionais da American Airlines foram 76,3% maiores em comparação com o segundo trimestre de 2021, atingindo US$ 12,4 bilhões. Os custos com combustíveis chegaram a US$ 4,02 bilhões, quase três vezes mais que um ano antes.

Outras empresas que recuavam com intensidade eram Minerva (BEEF3), Petz (PETZ3), Americanas (AMER3) e Santander (SANB11), que caiam 3,55%, 3,50%, 3,19% e 2,93%, nesta ordem.

Mercados externos sem direção definida

Enquanto os mercados de Wall Street caíam, os índices acionários europeus, já perto do fechamento, avançavam.

Nos EUA, os investidores repercutem os resultados fracos de Snap e Twitter (TWTR34). A rede social registrou prejuízo de US$ 270 milhões no segundo trimestre, resultado bem diferente do observado no mesmo período do ano passado, quando a empresa lucrou US$ 66 milhões.

A perda foi motivada tanto por uma leve queda na receita – de 1,2%, para US$ 1,17 bilhão, quanto pelo aumento de 31% nas despesas da companhia, principalmente por causa de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, que cresceram 52% e responderam por quase um terço das despesas do período.

Como resultado, o índice Nasdaq, que é focado em empresas de tecnologia, perdia 1,57% nesta sexta. O Dow Jones, por sua vez, recuava 0,17% e o S&P 500, perdia 0,70%.

Em solo europeu, o mercado avalia a pesquisa do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês). A prévia do PMI composto da Zona do Euro registrou 49,4 pontos em julho, abaixo das expectativas de 51 pontos e indicando uma contração na atividade econômica, marcada por uma forte queda na atividade manufatureira e estagnação no setor de serviços. 

Apesar disso, as bolsas operavam em alta. O índice Euro Stoxx 50 ganhava 0,37%, o FSTE 100 avançava 0,21% e o DAX 30 subia 0,18%.

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