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BofA vê Ibovespa a 125 mil pontos em 2022 e destaca bancos entre ações preferidas

BofA vê potencial de alta para 2022 para ações do setor financeiro, exportadoras e voltadas para o consumo de alta renda

O banco Bank of America (BofA) está prevendo uma alta do Ibovespa para 125.000 pontos em 2022, o que implica em um potencial valorização de 20% em relação aos níveis atuais. O principal índice da bolsa encerrou esta quarta-feira, 15, em alta de 0,63%  a 107.431 pontos.

O preço-alvo do Ibovespa para 2022 está abaixo dos 131.190 pontos alcançados na máxima do índice em junho deste ano, em meio a uma combinação de fatores como: tendência de aumento do custo de capital, tanto no Brasil quanto no exterior, prejudicando o valuation dos papéis e alimentando a migração de ações para renda fixa;  crescimento mais lento da China e riscos de revisões para baixo dos lucros à medida em que a atividade econômica desacelera.

As eleições no Brasil em outubro do próximo ano serão um acontecimento decisivo, ressalta o banco. “Nosso cenário-base assume que os candidatos irão se mover em direção ao centro em termos de políticas conforme avançamos nas campanhas eleitorais”, destaca o BofA em relatório.

Apesar da desaceleração da atividade no Brasil, o BofA espera que as empresas do índice cresçam com sucesso os lucros nos próximos dois anos, com destaques positivos para as companhias do setor financeiro, nomes globais (exportadores de proteínas, industriais) e voltadas para o consumo de alta renda. “As empresas dentro do índice mostraram-se resilientes durante o último trimestre”, apontou o banco.

No setor financeiro, a preferência do BofA é para as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4) como as favoritas para 2022, dada a provada resiliência dos balanços da instituições e do valuation atrativo dos papéis. “ Embora o cenário macroeconômico seja desafiador, esperamos que o setor apresente crescimento de lucro de quase dois dígitos [10%]”, destacou o banco em relatório.

Entre os fatores que levam o BofA a ter uma visão positiva para o crescimento de lucro desses bancos, estão: a melhora da margem líquida de juros beneficiada pelo aumento da taxa Selic e o aumento administrável dos encargos com provisão, a despeito da deterioração das taxas de inadimplência, já que os índices de cobertura de reserva são robustos e os bancos apresentam ganhos de eficiência.

O BofA também vê potencial de alta para os papéis  das seguradoras, com a reabertura da economia. “Temos exposição à BB Seguridade (BBSE3) e agora também adicionamos a Caixa Seguridade (CXSE3)”, destacou o banco em relatório. O banco também tem exposição a PagSeguro.

Já no setor de varejo, o foco está em ações de varejistas e shoppings  voltados para o público de alto padrão, cujas receitas já estão acima dos níveis de 2019. “Em nosso portfólio gostamos de Renner (LREN3), Soma (SOMA3) e Multiplan (MULT3)”, destacou.

De outro lado, o BofA retirou a Magalu (MGLU3), em função da exposição ao consumidor de baixa renda,  e Natura (NTCO3) ,após um terceiro trimestre mais fraco do que o esperado. Outros nomes ligados ao tema da reabertura que o banco destaca são as empresas de distribuição de combustíveis (Vibra e Raízen).

Dentro das construtoras, o banco retirou a Cyrela e adicionou  a MRV (MRVE3), vendo mais risco para as empresas do mercado imobiliário com foco em média / alta renda. Além disso, a MRV dolarizou o potencial de crescimento proveniente da AHS e da expansão fora do programa habitacional.

Em termos de América Latina, o  BofA está com uma recomendação neutra para alocação em  Brasil e acima da média do mercado em México.

 

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