A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) obteve um lucro líquido de R$ 5,51 bilhões entre os meses de abril e junho de 2021, o que representa um avanço de 1.136% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado. Contudo, em relação aos três primeiros meses deste ano, houve um leve recuo de 3%.
De acordo com a empresa, essa queda na base trimestral é atribuída ao ganho de capital durante o 1º trimestre com a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da CSN Mineração, uma vez que o período foi fortemente impactado com a operação.
“No acumulado do ano, o lucro líquido atingiu R$ 11,2 bilhões frente a um prejuízo líquido de R$ 866 milhões registrado no mesmo período de 2020, o que atesta o excelente desempenho registrado ao longo de 2021”, destaca a CSN em seu relatório publicado na última terça-feira, 27, à noite.
Enquanto isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 7,61 bilhões, cifra 676% superior na base anual. No comparativo trimestral, o resultado ficou praticamente estável.
Em termos ajustados, o Ebitda alcançou recorde e atingiu a marca de R$ 8,17 bilhões, expansão de 325% ante o 2º trimestre de 2020 e 40,8% maior do que o reportado nos primeiros três meses do ano.
“Esse resultado extraordinário é consequência da combinação de melhores preços e eficiência nos custos em basicamente todos os segmentos de atuação”, aponta a CSN.
Com isso, a margem Ebitda ficou em 53,1%, ou seja, 22,2 pontos percentuais acima da registrada há um ano.
Já a receita líquida da siderúrgica totalizou R$ 15,3 bilhões durante o segundo trimestre de 2021, alta de 147% na comparação ano a ano e de 29% frente ao trimestre imediatamente anterior.
Segundo a CSN, esse resultado é consequência da forte evolução de preços verificados no período, tanto para o minério de ferro quanto para o aço e o cimento. No semestre, a receita líquida atingiu R$ 27,3 bilhões, um desempenho 136% acima do observado no mesmo período de 2020.
CSN Mineração
Assim como sua controladora, a CSN Mineração registrou alta em seu lucro líquido, para R$ 2,5 bilhões, ou seja, cifra 205% maior do que os R$ 820 milhões reportados no segundo trimestre de 2020.
Em relação ao 1º trimestre deste ano, houve avanço de 6%. “Esse desempenho só não foi maior em razão da variação cambial registrada no período que acabou por mitigar o forte resultado operacional”, comentou a empresa.
A receita líquida totalizou R$ 7,345 bilhões, um salto de 175% ante os meses de abril a junho de 2020. A mineradora atribuiu esse avanço pelos aumentos de preços no mercado externo.
O Ebitda ajustado reportou evolução de 256% na comparação anual, para R$ 4,9 bilhões, com margem Ebitda de 67,5%.
Dividendos
No documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a CSN Mineração informou que seu conselho aprovou a distribuição de dividendos intermediários no valor de R$ 1,8 bilhão, o que corresponde a R$ 0,33 por ação ordinária.
“Farão jus ao recebimento, os acionistas presentes em nossa base acionária no fechamento do pregão do dia 30 de julho de 2021 e o pagamento ocorrerá no dia 10 de agosto”, concluiu.
Foto: CSN/Divulgação