Comitê de autorregulação apoiado pela B3 é encerrado; ações da companhia caem na bolsa

O Comitê de Fusões e Aquisições (CAF), criado por entidades do mercado financeiro e liderado pela B3, foi encerrado, de acordo com um comunicado publicado nesta quarta-feira, 2.

O documento aponta que a decisão levou em conta, entre outros fatores, “de que não houve tração suficiente para um arranjo institucional de autorregulação proposto pelo CAF”.

Patrocinado pela Anbima, pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e pela própria B3, a bolsa brasileira, o CAF foi criado em 2013 com o objetivo de tentar fazer com que os envolvidos em processo de aquisições, fusões e ofertas públicas de aquisição (OPAs, na sigla em inglês) garantissem os mesmos tratamentos entre acionistas.

Em nota, a B3 informou que o encerramento do CAF foi decidido por deliberação pelos membros da associação de apoiadores da entidade (Acaf).

Em queda…

Nesta quarta-feira, os papéis da B3 (B3SA3) lideravam as maiores quedas do Ibovespa por volta das 12h15, no horário de Brasília, com mais de 5% de perda.

O JP Morgan reduziu a recomendação para as ações da companhia de equivalente à compra para neutra, com preço-alvo caindo de R$ 23 para R$ 21.

Além disso, a migração de algumas companhias da bolsa brasileira, como o Inter e a Lojas Americanas, para o mercado internacional tem chamado atenção dos investidores.

De acordo com as empresas, um dos motivos para a migração ocorre pelo voto plural nas bolsas norte-americanas, uma vez que os principais sócios terão uma classe de ações que dão direito a um maior número de votos do que os demais acionistas.

Isso possibilita que esses sócios mantenham o controle da companhia mesmo com uma participação menor que 50% do capital.

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Foto: Rafael Von Zuben/B3