O banco BR Partners (BRBI11) ganhou a licitação para fazer a avaliação da Eletrobras (ELET3; ELET6) em seu processo de capitalização. A avaliação econômico-financeira é um dos primeiros passos para que a estatal caminhe com sua privatização.
Na última semana, a Câmara dos Deputados aprovou o parecer da MP que permite a saída da União do controle da empresa de energia elétrica. Atualmente, o governo tem cerca de 60% das ações da Eletrobras. Com a capitalização da empresa, esse percentual cairá para 45%.
Após a escolha do banco avalista, o governo pode dar sequência aos preparativos para a emissão de novas ações da companhia, prevista para o primeiro trimestre de 2022. É por meio destas novas ações que a participação da União na Eletrobras será diluída.
A União não participará da Oferta Pública de Ações (OPA), diminuindo, assim, sua participação nos papéis ordinários da companhia. A capacidade de voto dos acionistas da Eletrobras será limitada a 10%, independentemente da posição acionária.
Essa é a terceira tentativa de privatizar a Eletrobras. A primeira vez foi ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Naquela época, a ideia era fazer uma privatização tradicional, vendendo as estatais do grupo (Furnas, Chesf e Eletronorte) separadamente. Mas não aconteceu.
No governo Lula, a empresa saiu do Plano Nacional de Desestatização (PND) e somente na gestão Temer, uma nova MP chegou ao Congresso para tratar do assunto. MP esta que Bolsonaro usou como base para a privatização atual.
BR Partners
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O banco BR Partners, fundado em 2009 por Ricardo Lacerda, Andrea Pinheiro e Jairo Loureiro, estreou na semana passada na bolsa de valores brasileira.
Sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) somou R$ 400 milhões e após sua listagem, os papéis tiveram uma valorização de cerca de 30%.
*com informações de Estadão Conteúdo