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Blindado contra Powell? Petróleo sobe quase 4% por receio de corte na produção

Possibilidade de corte de produção da Opep ajuda a criar piso para os preços

Foto: Shutterstock

Divergindo do movimento das bolsas internacionais, os preços do petróleo sobem quase 4% nesta segunda-feira (29), em meio a receios de que países produtores diminuam a oferta da commodity.

Perto do horário de fechamento do mercado na ICE, o preço do petróleo tipo Brent subia 3,8% no mercado futuro, para US$ 102,77 por barril.

Os mercados financeiros mundiais ficaram mais avessos ao risco desde a última sexta-feira (26), quando o presidente do banco central americano, Jerome Powell, reiterou que a instituição está focada em baixar os níveis de inflação, ainda que isso resulte em desaceleração da economia.

O petróleo, no entanto, parece ter escapado da onda de pessimismo que varreu as bolsas, com investidores dando mais ênfase à possibilidade de a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e outras nações produtoras reduzirem a oferta de petróleo na semana que vem.

As ameaças de corte de produção ficaram mais enfáticas na semana passada, quando o ministro de Energia da Arábia Saudita disse que o cartel poderia diminuir a produção para amenizar a volatilidade dos preços. A mensagem continuou ecoando nos mercados nesta semana e passou a ser embutida nos preços pelos investidores.

“As ameaças sobre a produção estão surgindo com bastante frequência e achamos que os produtores do Oriente Médio vão subir o tom se os preços caírem para menos de US$ 85”, disse a corretora e consultoria de commodities Zaner, referindo-se ao preço do petróleo WTI, que serve como referência para o mercado americano e que chegou perto deste preço em 16 de agosto.

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Os investidores também reagiram hoje a notícia de mais conflitos internos na Líbia, país cuja exportação de petróleo chegou a ser interrompida por três meses por causa de desavenças entre grupos políticos opositores.

Desta vez, os confrontos provocaram a morte de pelo menos 32 pessoas, segundo informações divulgadas por agências internacionais, o que gerou receios de que a tensão possa aumentar e prejudicar novamente a produção de petróleo.

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